Milionários devem ser ao menos duas vezes mais numerosos no Brasil até o ano de 2026, segundo apurou o Credit Suisse.
Em 2021, o país fechou o ano com 266 mil milionários, ante 207 mil em 2020.
Segundo a projeção do banco, este número deve crescer 115% até 2026, chegando a 572 mil.
No relatório Global Wealth Report 2022, o Credit Suisse estimou que, no mundo, o total de pessoas com riqueza igual ou superior a US$ 1 milhão era de 62,5 milhões ao final de 2021 — 5,2 milhões de pessoas a mais do que no ano anterior.
O grupo em questão representa 1,2% dos indivíduos adultos no mundo e concentra 47,8% da riqueza mundial.
Segundo o Credit Suisse, o número de milionários no mundo deve avançar 40% até 2026, chegando a 87,6 milhões.
Outros países devem ver seus grupo de milionários dobrar de tamanho, como China (97%), Hong Kong (98%) e Índia (105%).
A média de crescimento esperado para a América Latina é de 99%. Para a África, de 173%.
Mesmo que o total de milionários em países de renda mais baixa ainda esteja abaixo dos níveis de países como Estados Unidos ou da Europa, a expectativa é de que o crescimento se acelere nos próximos cinco anos.
O país campeão nos milionários são os Estados Unidos, com 24,5 milhões no ano passado, ou 39,2% do total. Espara-se de que a nação ultrapasse os 27,7 milhões de milionários em 2026, alta de 13%.
Na Europa, um aumento de 37% é projetado para os próximos 5 anos. O continente conta atualmente com 16,7 milhões de milionários.
Aumenta o número de milionários, enquanto cresce a desigualdade
O relatório do Credit Suisse aponta ainda que, de acordo com todos os índices analisados, a desigualdade de renda global subiu.
A participação de riqueza da parcela dos 1% mais ricos aumentou para 45,6% em 2021, de 44,9% em 2020 e 43,9% em 2019.
No Brasil, país que deve ver seus milionários dobrarem nos próximos 5 anos, 1% dos mais ricos da população detinham cerca de 49,3% da riqueza até o final de 2021.