A Microsoft (MSFT34) fez a aquisição de 4% do capital social da companhia que administra a Bolsa de Valores de Londres, a London Stock Exchange Group (LSEG).
Com a compra feita pela Microsoft, os papéis da companhia – listados na própria bolsa – sobem 3,3% no intradia, na contramão do FTSE, que cai 0,37% nesta segunda (12).
A compra foi feita por cerca de US$ 2 bilhões.
Segundo a Bolsa de Valores de Londres, o acordo trará “receitas significativas” após o ano de 2025.
Isso, considerando que a big tech venderá produtos da LSEG por meio de aplicativos visando ampliar a base de clientes.
David Schwimmer, presidente-executivo da LSEG, disse que ambas as partes já conversavam há um ano sobre uma eventual aquisição.
Vale lembrar que esse tipo de M&A já foi feito em períodos anteriores e, aliás, é alvo de escrutínio regulatório pelas autoridades, dado o excesso de confiança em companhias praticamente monopolistas.
“Continuaremos a manter nossa estratégia multinuvem e a trabalhar com outros provedores”, disse Schwimmer.
O Google (GOGL34), ainda em 2021, comprou uma fatia da Bolsa de Chicago, a Chicago Mercantile Exchange, ou CME.
Com isso, os contratos de derivativos da bolsa em questão foram movidos para a nuvem.
Como funcionará a transação da Microsoft
Conforme o acordo, a Microsoft comprará ações da Bolsa de Valores de Londres da contraparte da Blackstone/Thomson Reuters.
A Thomson Reuters, dona da Reuters News, tem uma participação minoritária no capital social da Bolsa de Londres, resultado de um acordo com a Refinitiv – uma empresa de informações e infraestrutura voltada para o mercado financeiro.
Além disso, atualmente a Bolsa de Londres também compra notícias da agência Reuters.
A expectativa dos executivos de ambas as partes é de que a transação entre a Bolsa de Valores de Londres e a Microsoft seja fechada ainda no primeiro trimestre do ano de 2023.
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