A Microsoft informou, nesta segunda-feira (9), que encerrará o aplicativo de produtividade Wunderlist. A gigante norte-americana comprou o aplicativo em 2015 por um valor entre US$ 100 mil (cerca de R$ 413 mil) a US$ 200 mil.
A decisão ocorreu pois a Microsoft pretende priorizar o To Do, aplicativo desenvolvido pela empresa com funções similares as do Wunderlist. Ambos aplicativos, disponíveis para os sistemas Android e iOS, buscam estimular a organização e a produtividade dos usuários.
A empresa informou que o Wunderlist será encerrado no dia 6 de maio de 2020. Embora o aplicativo ainda esteja operando, não é mais possível criar uma nova conta.
De acordo com a consultoria Sensor Tower, o Wunderlist foi instalado por cerca de 26 milhões de pessoas entre janeiro de 2014 e dezembro deste ano. Os usuários do aplicativo poderão exportar seus dados para o To Do.
O fundador do aplicativo que será encerrado, Christian Reber, manifestou interesse em comprar de volta a plataforma, em meio a rumores sobre o encerramento.
“Continuo triste que a Microsoft quer encerrar o Wunderlist, mesmo que as pessoas ainda o amem e o usem. Estou falando sério, Satya Nadella e Marcus Ash, por favor, me deixem comprá-lo de volta”, escreveu Reber por meio de uma publicação no Twitter em setembro deste ano.
Still sad @Microsoft wants to shut down @Wunderlist, even though people still love and use it. I’m serious @satyanadella @marcusash, please let me buy it back. Keep the team and focus on @MicrosoftToDo, and no one will be angry for not shutting down @Wunderlist. pic.twitter.com/27mIABncLF
— Christian Reber (@christianreber) 6 de setembro de 2019
Disputa entre Microsoft e Amazon
A Amazon e a Microsoft estão em mais um duelo no mercado, mas dessa vez não é em relação ao setor varejista. As duas gigantes estadunidenses estão em uma disputa pelo domínio dos serviços de cloud computing, a “computação em nuvem”.
Saiba mais: Amazon e Microsoft acirram disputa no mercado por conta de ‘serviços de cloud’
De acordo com o analista da consultoria americana Welbush Secrities, Dan Ives, a empresa liderada por Satya Nadella está na frente para ganhar o setor de cloud services, que também é um objetivo da Amazon.
“No trimestre encerrado em setembro, registrou-se uma clara aceleração dos negócios em nuvem no setor corporativo, tanto no mercado americano quanto no da Europa”, afirmou Ives.
Segundo Ives, o Azure, serviço de nuvem da Microsoft, tem chegado mais perto ao perceber um crescimento nas despesas por parte das companhias em relação ao uso de computação em nuvem.