A Microsoft (NASDAQ: MSFT) está demitindo jornalistas e editores de suas páginas de produção de conteúdo, com o intuito de investir na Inteligência Artificial (AI). Profissionais do Microsoft News, entre eles os produtores dos conteúdos apresentados no navegador Edge, e do MSN estão sendo trocados por robôs. As informações foram divulgadas pelo site Business Insider na última sexta-feira (29).
“Como todas as empresas, avaliamos nossos negócios regularmente”, disse um porta-voz da Microsoft através de um comunicado ao site. “Isso pode resultar em aumento do investimento em alguns lugares e, de tempos em tempos, reimplantação em outros. Essas decisões não são o resultado da atual pandemia.”
Segundo o site, os cerca de 50 funcionários que foram demitidos nos Estados Unidos na última semana eram responsáveis pela edição e curadoria de notícias. O trabalho consistia em escolher e organizar os conteúdos em destaque e distribuir entre os sites e portais da empresa.
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Além disso, de acordo com o jornal britânico “The Guardian”, 27 colaboradores no Reino Unido afirmaram que perderiam o emprego em um mês após a Microsoft tomar essa decisão “em favor de atualizações automatizadas de notícias”. O número de desempregados pode ser maior, já que existem divisões terceirizadas espalhadas pelo mundo.
Uma fonte contatada pelo jornal britânico disse que a função exigia precisão e análises que um robô não seria capaz de realizar, isso porque a escolha envolve decisões editoriais e cuidados com notícias de outros sites para não reproduzir conteúdos violentos ou impróprios, por exemplo.
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A gigante da tecnologia atua no ramo de notícias há mais de duas décadas, após o lançamento do MSN em 1995. Quando o Microsoft News foi lançado, a empresa salientou que existiam “mais de 800 editores trabalhando em 50 locais em todo o mundo”.
Gradualmente, a Microsoft vem aumentado a participação de IA em suas operações, inclusive incentivando editores a utilizarem a ferramenta, filtrando informações e sugerindo fotos para utilização. Mas a companhia não é a única a apostar nesta tecnologia. Recentemente, a Google (NASDAQ: GOOGL) anunciou altos investimentos em serviços similares, e até um telejornal chinês já foi apresentado por um âncora virtual.