Michael Burry, famoso por ter previsto a crise do subprime em 2008 e virado personagem do longa vencedor do Oscar “A Grande Aposta”, tem um novo case, desta vez contra a queridinha Tesla (TSLA34).
A gestora de Burry, a Scion Asset Management, tinha no final de março uma posição vendida de US$ 534,411 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) contra 800.100 ações da Tesla, segundo documento protocolado na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais americano).
O investidor arquitetou uma operação semelhante àquela que lhe alavancou à fama depois da crise em 2008/2009. Na prática, com o short, ele está apostando contra a euforia ao redor da montadora de veículos elétricos de Elon Musk. E, se estiver certo, vai ganhar com a desvalorização das ações.
No pregão desta segunda-feira, os papéis da Tesla, negociados na Nasdaq, caíram 2,19%. No after hours, por volta das 18h46, o movimentou continuou, com um recuo de 0,67%, a US$ 572,95.
Por aqui, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da fabricante de automóveis perderam 2,58% em valor, para encerrarem a R$ 94,79.
O 2021 turbulento da Tesla
A empresa da moda no ano passado não teve os melhores momentos em 2021. A Tesla sofreu os impactos da baixa das vendas na China em abril e da escassez de componentes, que dificultaram a produção da montadora.
A Tesla também reportou números abaixo do consenso do Wall Street Journal no primeiro trimestre, com um lucro de US$ 438 milhões e um faturamento de US$ 10,4 bilhões.
De acordo com informações da CNBC, muitos acreditam que os tuítes do CEO Elon Musk envolvendo bitcoin e dogecoin também contribuíram para a volatilidade das ações da companhia.
Os papéis da Tesla acumulam uma desvalorização de 18,26% neste ano até 17 de maio. Em 2020, os ativos dispararam 740%.