Com a chegada do Metaverso, as corretoras já iniciam a corrida de ativos vinculados à realidade virtual, como o fundo da XP lançado no fim de janeiro.
Dessa vez, a novidade é o ETF do Metaverso, lançado pela Investo e relativamente acessível – com R$ 100 de cota mínima. O ETF é composto por criptomoedas que compõem o índice de mercado de criptomoedas do Metaverso, o MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders, administrado pela MV Index Solutions (MVIS).
O NFTS11 possui uma taxa de administração anual de 0,75%, tributado como um ETF de renda variável – ou seja, há pagamento de 15% sobre o ganho de capital na venda das cotas.
O produto ainda está em período de reserva e seguirá nesta situação até o dia 29 de março, quando será disponibilizado para os investidores da B3 (B3SA3).
“A Investo traz o NFTS11 ao mercado para ajudar o brasileiro que deseja investir no mercado de criptomoedas ligadas às NFTs, e fazer esse investimento de forma segura, com toda a transparência e segurança que um ETF permite. Dessa forma, o investidor brasileiro pode participar no potencial de investimento que as criptomoedas e as NFTs trazem, utilizando sua corretora de preferência, com um produto regulado pela CVM e Anbima. Ou seja, um produto que pode ser comprado e vendido com a segurança da negociação em Bolsa, como a B3”, explica Cauê Mançanares, CEO da Investo.
A Investo é primeira gestora independente e especializada em ETFs do Brasil. Mira especificamente as NFTs do universo digital, investindo nas principais criptomoedas do setor de mídia e entretenimento localizadas nas principais plataformas do Metaverso.
Entre as principais criptomoedas listadas no índice estão a Decentraland, The Sandbox, Axie Infinity Shards, Gala, Basic Attention Token, Chiliz e Enjin Coin.
“Vivemos em uma geração em que os mundos virtuais estão gerando uma riqueza para os usuários que passam cada vez mais tempo interagindo em plataformas digitais, e o brasileiro também merece participar dessa riqueza que é criada. É justamente isso que o NFTS11 possibilita – facilitar o investimento em ativos dos mundos virtuais, aproximando os investidores de um mundo com alto potencial”, afirma frisa o CEO.
As cotas possuem liquidez e negociação em bolsa, já que os ETFs são negociados na bolsa de valores, possuindo liquidez de bolsa (D+2) e a solidez do ambiente de negociação da B3.
Conheça também o ‘Fundo do Metaverso’
Ainda no fim de janeiro a XP Investimentos e a Rico Investimentos lançaram um fundo do Metaverso, replicando um índice da Bloomberg que, atualmente, reúne 30 ações internacionais de companhias de tecnologia como Apple (AAPL34), Meta (ex-Facebook) e Microsoft (MSFT34).
Com aporte mínimo de R$ 100, o fundo do Metaverso tem proteção cambial contra a variação do dólar ante o real, taxa de administração de 0,75% ao ano e não possui taxa de performance.
Segundo a XP, o Trend Metaverso privilegia a diversificação global e setorial para selecionar os melhores ativos, ou seja, as empresas globais que estão na vanguarda da tendência do metaverso.
O ativo reflete as companhias que marcam maior território no ambiente de realidade virtual, podendo ir da produção de games ao mercado de criptomoedas.
“Trata-se de um produto inserido em um mercado que poderá faturar mais de US$ 800 bilhões em 2024, segundo projeções da Bloomberg”, diz Henrique Sana, especialista de investimentos temáticos e alternativos da XP, em comunicado.
“O fundo indexado que a XP está lançando irá oferecer exposição a este investimento temático de ações internacionais e contará com a credibilidade, transparência e expertise do time da Bloomberg Intelligence e Bloomberg Índices”, acrescenta.
Apesar da predominância das techs americanas, o Bloomberg Metaverse Indexconta com companhias de outros paises, como a Tencent Holdings, da Bolsa de Hong Kong.
Segundo Sana, as ações que compõem o índice são identificadas de acordo com fatores qualitativos e quantitativos, que são analisados pela Bloomberg Intelligence.
“A partir dessa análise, os pesos de cada uma das ações do portfólio são calculados pela Bloomberg Índices, levando em consideração metodologia transparente e elevados padrões de confiança. Isso faz com que apostar no Metaverso seja mais mais simples e acessível, além de confiável”.
Mais do que investir em uma tendência seguida por empresas como Facebook (que, agora, é denominado Meta), Microsoft e Nike, o fundo quer diversificar e ficar na vanguarda de tendências comerciais no metaverso.
Para o gestor Daniel Gabriel, da XP, o fundo oferece a possibilidade única para o investidor comum.
“O Metaverso aponta para uma dinâmica cada vez mais presente: a confluência entre os mundos real e digital. O Trend Metaverso da XP possibilita ao investidor comum apostar nessa tendência”, afirma.
Jornalista formado pela UFSC, cobre macroeconomia, negócios e startups para o Suno Notícias, escrevendo principalmente notícias sobre o mercado financeiro e a bolsa de valores. No YouTube e no Instagram, é responsável pela produção de Reels e Shorts do Suno Notícias. Anteriormente, trabalhou cobrindo economia e cotidiano no ND+ e para o ND, maior jornal impresso de Santa Catarina. Cursou um semestre letivo de Estudos de Mídia na Universidad de Buenos Aires.