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Metade dos IPOs não chegarão à Bolsa em 2021, diz coluna

B3

Sede da B3 em São Paulo - Foto: Divulgação

Pelo menos metade das 30 empresas cujas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) estão em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não estrearão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em 2021, disseram gestores e banqueiros consultados pela Coluna do Broadcast, nO Estado de S.Paulo.

De acordo com informações da reportagem, os gestores de recursos são mais pessimistas no percentual, dado o retorno negativo aos fundos após a compra de ações nos recentes IPOs.

A título de exemplo, a ação da Raízen (RAIZ4), braço da Cosan (CSAN3) de bioenergia, acumula perdas de 5,54% desde a oferta de abertura de capital, a maior do ano até o momento. O TC (TARD3), ex-Traders Club, registrou um desempenho ainda pior — desvalorização de quase 37%.

Um banqueiro disse à Coluna do Broadcast que a queda no valor dos ativos recém chegados à Bolsa é o mais preocupante, depois dos problemas de inflação e da China.

A tendência, nesse sentido, é a entrada somente em IPOs maiores, a partir de R$ 1 bilhão. A porte das operações oferecem maior liquidez e a possibilidade de saída com mais facilidade.

Apesar da volatilidade, no acumulado de 2021 até setembro, o volume de ofertas de companhias listadas e das que retornaram para captação de recursos atingiu R$ R$ 123,7 bilhões, montante superior ao total movimentando no ano passado, de R$ 119,3 bilhões.

Empresas tiram o pé e interrompem planos de IPOs

Nas últimas semanas, companhias com ofertas em análise na CVM decidiram pisar no freio e colocar no congelador os planos de abrir capital. Foi medida da rede de academias Bluefit (BFFT3) e da farmacêutica Althaia (ALTF3), que suspenderam as respectivas operações quase na porta da B3.

O braço da CSN (CSNA3) CSN Cimentos, concessionária de infraestrutura Conasa e a rede de restaurantes Madero optaram pelo mesmo.

Nesta semana, os investidores ficarão de olho andamento dos IPOs da Enrivonmental ESG (EESG3), braço de gestão de resíduos da Ambipar (AMBP3), e da Comerc (COMR3). Segundo o Broadcast, a última já teria demanda para cobrir 80% da oferta.

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