A Meta Platforms (M1TA34), dona do Facebook e do Instagram, foi multada em € 390 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) pelo órgão regulador de privacidade da União Europeia. A decisão, divulgada na quarta (4), diz que a empresa de tecnologia não pode usar seus contratos com os usuários das plataformas para justificar o envio de anúncios com base nas atividades online.
Segundo a Comissão de Proteção de Dados (DPC, pela sigla em inglês), a empresa violou as leis de privacidade da União Europeia ao afirmar que os anúncios são necessários para executar contratos com os usuários.
A medida é uma dura derrota para a Meta, tendo em vista que a principal fonte de receita da empresa são os anúncios, que terão de ser ajustados conforme a legislação vigente da Europa. Em 2021, a Meta gerou US$ 118 bilhões em receita.
Agora, a companhia criada por Mark Zuckerberg tem três meses para comprovar que trata as informações dos usuários conforme determina as regras do bloco europeu.
Em 2018, entrou em vigor na União Europeia uma lei de privacidade de dados que restringe a capacidade das empresas de tecnologia de coletar informações dos usuários sem seu consentimento prévio.
No caso da Meta, o debate é sobre como a empresa recebe a permissão legal dos usuários para a coleta desses dias. A companhia disse que pretende apelar da decisão.
A decisão não diz como a empresa deve cumprir a lei, mas pode abrir portas para que os internautas escolham se querem que seus dados sejam utilizados para anúncios direcionados. Caso uma grande parcela dos usuários decida não compartilhar essas informações, a principal fonte de receitas seria afetada.
BDRs da Meta
Por volta das 10h20, as BDRs da Meta operavam em queda de 0,20%, ao preço de R$ 24,38, segundo dados do Status Invest.
Nos últimos doze meses, esses papéis da Meta acumulam uma desvalorização de 63,80%. Contudo, neste mês, as BDRs registram uma valorização de 6,98%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
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