Meta, dona do Facebook (FBOK34), faz acordo para encerrar processo de dados vazados
A Meta, proprietária do Facebook (FBOK34), firmou um acordo para o término de uma ação movida por usuários da plataforma. O processo ocorreu por conta de supostas práticas ilegais da companhia no compartilhamento de dados com a Cambridge Analytica.
O compartilhamento de dados de forma ilegal que teria sido feito pelo Facebook é uma das questões tratadas nos arquivos do processo judicial e que foram acessadas nesta última sexta-feira (26).
As duas partes no caso trouxeram uma notificação conjunta em que declaram que “a princípio chegaram a um acordo”, pedindo um prazo de 60 dias para entregar o acordo por escrito ao tribunal. Apesar disso, os termos do não foram mostrados.
A Bloomberg News noticiou na última sexta-feira (26) que a notificação do acordo foi realizada antes mesmo de o presidente executivo da companhia, Mark Zuckerberg, iniciar o seu interrogatório.
O caso trata do acesso, que teria sido feito sem autorização expressa, dos dados de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica em 2018, conforme informações da Dow Jones Newswires.
Entenda o caso envolvendo o Facebook
O processo envolvendo a Meta sobre o compartilhamento ilegal de dados dos usuários com a Cambridge Analytica culminou em uma multa aplicada pelo governo brasileiro, no valor de R$ 6,6 milhões ao Facebook.
O acordo preliminar foi realizado ainda no mês passado. Nesse caso, Mark Zuckerberg, que é o CEO da Meta, conseguiu evitar passar algumas horas em um processo interrogatório. De acordo com a programação, os depoimentos ocorreriam até 20 de setembro.
As partes envolvidas no processo solicitaram ao juiz do caso que realizasse a suspensão da ação coletiva por um prazo de 60 dias. A medida tem o objetivo de “facilitar o processo de finalização de um acordo por escrito”, trazendo assim a possibilidade de apresentar ao tribunal esse acordo para aprová-lo.
A empresa responsável pela rede social foi processada no ano de 2018, depois que a Cambridge Analytica teve o acesso aos dados de até 87 milhões de assinantes do Facebook. A empresa de pesquisa tinha ligação com a campanha presidencial do até então candidato Donald Trump, no ano de 2016, que mais tarde viria a se tornar de fato o presidente dos Estados Unidos.
Para apoiar o lado da acusação, os advogados dos usuários do Facebook procuraram por informações nos registros internos da companhia, com a acusação de que o Facebook não ofereceu uma proteção adequada aos dados dos consumidores na rede social. Esse procedimento ocorreu antes mesmo da data do julgamento.
Caso o Facebook tivesse perdido esse processo, existe a possibilidade de que a Meta pagasse uma cifra milionária. No entanto, a empresa ressalta que teria divulgado as práticas nos acordos com usuários. Além disso, a companhia argumenta que os consumidores já tinham sido avisados que o compartilhamento de seus próprios dados na rede social não poderia contar com a proteção e privacidade dessas informações.