A queda na produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em novembro não foi ruim para todos. Apesar da baixa informada nesta quarta-feira (12) pelo cartel, a Arábia Saudita bateu recorde.
Os sauditas são os maiores produtores de petróleo do grupo, que conta com 14 países. Até começo de dezembro eram 15, mas o Catar anunciou a saída do grupo. No último mês a Opep produziu 32,97 milhões de barris ao dia, 11 mil barris/dia a menos. Por sua vez, a Arábia Saudita produziu 11,01 milhões de barris ao dia, com 377 mil barris/dia a mais em novembro, em relação a outubro.
Assim, o aumento da produção da Arábia Saudita foi compensada pela queda em outros países. A oferta do Irã, sob sanções dos Estados Unidos, da Venezuela, do Iraque e da Nigéria tiveram baixa.
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Fora da Opep, quem pôde comemorar foi a Rússia. O país, maior produtor de petróleo fora do cartel, atingiu novo recorde na era pós-soviética. O relatório da Opep indica que os russos chegaram a 11,61 milhões de barris ao dia em outubro. Superior à produção saudita, portanto.
No mundo todo, a oferta chegou a 100,64 milhões de barris/dia em novembro. Ou seja, houve uma alta de 500 mil barris/dia em relação ao mês anterior. Os números também são da Opep.
Produção de petróleo brasileira
O relatório traz informações positivas para o Brasil. Segundo o documento, o País deverá apresentar a segunda maior taxa de expansão na produção entre os países fora da Opep. “Os Estados Unidos, o Brasil, a Rússia e o Reino Unido são os principais impulsionadores do crescimento no próximo ano, enquanto se espera que o México e a Noruega apresentam declínios consideráveis”, informa.
A estimativa de produção de petróleo do Brasil para 2019 é de 3,63 milhões de barris ao dia. Em 2018, a produção foi de 3,26 barris/dia.
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