França se opõe ao acordo entre UE e Mercosul devido as queimadas na Amazônia
As queimadas na Amazônia e as declarações do presidente da República sobre o caso, tem feito líderes europeus se posicionarem contra o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
O escritório da França acusou o presidente Jair Bolsonaro de mentir na cúpula do G20 sobre as questões ambientais do Brasil. De acordo com o escritório, a mentira foi usada como estratégia para minimizar as preocupações com as mudanças climáticas. Dessa forma, o país se opõe entre o acordo Mercosul e UE.
Além disso, o primeiro ministro da Irlanda, Leo Varadkar, ameaçou de se posicionar contra o tratado caso o Brasil não respeite às normas ambientais. “De maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre-comércio entre UE-Mercosul se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais”, disse Varadkar.
Líderes internacionais se posicionam sobre queimadas na Amazônia
Na última quinta-feira (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, convocou os países membro da cúpula G7 para discutir as queimadas na Amazônia. Em seu Twitter, o mandatário relembra que a Floresta Amazônica é responsável por 20% do oxigênio do planeta.
Our house is burning. Literally. The Amazon rain forest – the lungs which produces 20% of our planet’s oxygen – is on fire. It is an international crisis. Members of the G7 Summit, let’s discuss this emergency first order in two days! #ActForTheAmazon pic.twitter.com/dogOJj9big
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 22, 2019
“Nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica – os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso planeta – está em chamas. É uma crise internacional. Membros da Cúpula do G7, vamos discutir em dois dias este tema emergencial”, escreveu Macron.
A cúpula acontecerá neste final de semana, em Biarritz, na França.
O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que os incêndios constituem uma “situação urgente” que deverá ser discutida durante a cúpula do G7.
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“A chanceler está convencida” de que a questão “deve constar na agenda dos países do G7 quando se reunirem este final de semana” em Biarritz, declarou Steffen Seibert em Berlim. Merkel “apoia completamente o presidente francês” neste ponto, acrescentou o porta-voz da primeira-ministra.
Antes das queimadas, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, havia afirmado que o país deveria ratificar o acordo entre a UE e o Mercosul depois do ano de 2020.