Mercosul respeitará as normas alimentares da UE, diz comissário europeu

O comissário para a Agricultura da União Europeia, Phil Hogan, afirmou nesta segunda-feira (15) que os países do Mercosul respeitarão as normas alimentares do bloco europeu. Essa afirmação faz referência às manifestações de países da Europa contra o acordo.

“Garantimos que não teremos nenhum produto entrando na União Europeia vindo dos países do Mercosul que não cumpram os padrões alimentares da UE, bem como a ambição climática e ambiental”, disse Hogan.

Os principais países em setor agrícola se sentem ameaçados com o acordo entre UE e Mercosul. Conforme os manifestantes da França, o trato permite que o Brasil pratique concorrência desleal, desrespeitando uma série de leis ambientais e trabalhistas.

“Nos põem em concorrência desleal com um país que não tem regra nenhuma. O Brasil não tem os mesmos padrões europeus. Tudo o que é proibido na Europa é autorizado no país”, disse o secretário do sindicato agrícola da França, Patrick Bénézit.

No entanto, o comissário afirmou que “há muita desinformação sobre o conteúdo do pacto” e pediu que os agricultores europeus lessem o texto com atenção.

“Espero que os nossos agricultores leiam atentamente o documento (…). Assim, verão que, no contexto de uma longa negociação, onde houve, evidentemente, ganhos importantes para a indústria, também reduzimos nosso nível de concessões na agricultura”, disse Hogan.

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Brasil altera normas para se encaixar no acordo entre Mercosul e UE

Para se adequar nas diretrizes do acordo o Brasil modificou algumas normas sobre importação de gado e búfalos.

Saiba Mais: Brasil e outros países pediram à União Europeia que reavalie regras sobre pesticidas

“Para facilitar o comércio internacional seguro de animais e de material genético, atualizando as normas do Brasil às resoluções do Mercosul sobre a importação destes produtos, foram editadas as instruções no Diário Oficial da União“, disse o Ministério da Agricultura.

Ademais, a nota do Ministério publicada na última segunda-feira (8), afirma que “a revisão destas normas também atende o acordo formalizado entre Mercosul e UE”.

Poliana Santos

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