Acordo do Mercosul com UE pode aumentar PIB do Brasil em US$ 125 bi
O Ministério da Economia informou nesta sexta-feira (28) que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia pode representar um aumento do PIB nacional de até US$ 125 bilhões em 15 anos.
Conforme projetado pelo ministério, os investimentos no Brasil podem chegar a US$ 113 bilhões até 2035 por causa do acordo entre o Mercosul e a UE.
“Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035”, explicou a área econômica do governo.
O setor econômico informou ainda que as empresas brasileiras poderão negociar no mercado de licitações públicas da União Europeia, estimado em US$ 1,6 trilhão.
O valor máximo projetado para o aumento do PIB considera a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos dos fatores de produção. Contudo, caso essas ações não ocorram, o valor estimado é de US$ 87,5 bilhões.
Eliminação de tarifas
O ministério informou que produtos agrícolas como o café solúvel, o suco de laranja e as frutas terão as tarifas eliminadas. Assim, o governo federal ressaltou que as condições de concorrência serão equalizadas com outros países que possuem acordos de livre comércio com a UE.
Além disso, o governo informou que os exportadores brasileiros terão acesso ampliado através de cotas para carnes, açúcar, etanol, entre outros. De modo que a eliminação de tarifas valerá para 100% dos produtos industriais.
Por meio do acordo, outros produtos como cachaças, queijos, vinhos e cafés serão considerados emblemáticos do Brasil.
Acordo entre a UE e Mercosul
O Mercosul e a União Europeia concluíram as negociações para o acordo comercial entre os dois blocos na tarde desta sexta-feira.
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O tratado comercial compreende serviços, investimentos, bens e compras governamentais. Entretanto, o acordo que estava em pauta há 20 anos foi oficializado somente nesta sexta.
Por englobar os 28 países da UE e as quatro principais nações do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), é o segundo maior acordo já feito pelo bloco europeu. Sendo, portanto, o mais audaz acertado pelo Mercosul.