Mercosul e União Europeia firmam acordo de livre-comércio

O Mercosul e a União Europeia fecharam as negociações para o acordo comercial entre os dois blocos na tarde desta sexta-feira (28).

Desde quinta-feira (27), os ministros do Mercosul e da UE estavam conversando sobre o possível acordo, em Bruxelas, capital da Bélgica.

O tratado comercial compreende serviços, investimentos, bens e compras governamentais. O acordo que estava em pauta há 20 anos foi oficializado nesta sexta.

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Por envolver os 28 países da União Europeia e as quatro principais nações do Mercosul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), o tratado é o segundo maior acordo já feito pelo bloco europeu. Desta forma, também será o mais audacioso acertado pelo Mercosul.

No ano passado o Brasil exportou US$ 42 bilhões aos países da União Europeia. Desta forma, eles são o segundo maior mercado para os brasileiros no mundo, ficando apenas atrás da China.

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Um dos propósitos do acordo é que as taxas sejam extintas para até 90% do comércio entre Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e os 28 países da União Europeia. Desta forma, a expectativa é de que as vendas sejam impulsionadas.

Impasses

Há duas semanas, o presidente da República afirmou que o acordo estava quase fechado. Entretanto, afirmou que produtores brasileiros de laticínios e vinhos ainda não tinham acertado por não concordarem com uma concorrência desleal, já que os europeus recebem subsídios.

Lado europeu

Pelo lado europeu, ainda houve pressão de França, Irlanda, Polônia e Bélgica sobre assuntos relacionados ao agronegócio.

Os países resistiram a autorizar o aumento de cotas de importação para produtos como carne bovina, açúcar e frango.

Além disso, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou na última quinta-feira (27) que não assinaria nenhum acordo comercial com o Mercosul, caso o presidente Jair Bolsonaro (PSL) abandonasse o acordo de Paris.

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Juliano Passaro

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