Nesta quarta-feira (21), as atenções dos investidores de todo o mundo se voltam à ata da última reunião do Federal Reserve Bank (Fed), realizada em 30 e 31 de julho.
Na data, o Fed reduziu pela primeira vez as taxas de juros do país norte-americano desde a crise de 2008, de 2,5% para 2,25%. O objetivo é fomentar a economia do país, estimulando investimentos e mantendo o baixo nível de desemprego. A ata será divulgada às 15h de Brasília.
Fed reage ao cenário internacional
Os motivos que levaram o Fed a diminuir a taxa de juros básica são conhecidos. Além da guerra comercial entre EUA e China, a desaceleração econômica mundial, o entrave da saída do Reino Unido da União Europeia foram agravantes. Os números baixos de desemprego e a inflação controlada deixaram o Banco Central norte-americano em tomar a decisão.
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Quando a decisão foi tomada, o mercado estava aguardando tal movimento, e busca indicativos de que o relaxamento nos juros continuaria a acontecer.
Entretanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse em entrevista no início do mês de agosto que o corte foi um “ajuste” e que um ciclo de redução de juros “não é a perspectiva para agora”.
Desde então, as notícias internacionais preocupam os mercados. Os principais índices de ações dos Estados Unidos chegaram a cair 3% em apenas um dia na última semana, abalados por dados alarmantes da China e Alemanha.
Em entrevista na última terça-feira (20), o presidente estadunidense, Donald Trump, reconheceu que a guerra comercial pode trazer problemas no curto prazo. Trump afirmou que “algo precisa ser feito” porque “a China vem roubando esse país por 25 anos”. O presidente disse que o governo norte-americano deve propor políticas de estímulo à economia, como um pacote de redução de impostos.
A economia americana cresceu 2,6% no primeiro semestre, além das vendas no varejo que subiram 0,7% em julho, o dobro do esperado pelos analitas. Os número seguem controlados. Todavia, a confiança está em queda, reduzindo os investimentos no país.
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Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a estimativa para o avanço do PIB global é de 3,2%. Antes, a previsão era de 3,3%.
Trump pressiona a taxa de juros
Na última segunda-feira (19), Trump pediu ao Fed, que cortasse a taxa de juros em ao menos 1 ponto percentual.
“A taxa do Fed, durante um curto período de tempo, deve ser reduzida em
pelo menos 100 pontos-base, talvez com algum alívio quantitativo também.
Se isso acontecesse, nossa economia seria ainda melhor, e a economia mundial expandiria rapidamente – bom para todos”, afirmou o presidente no Twitter.
As próximas reuniões do Fed sobre a taxa de juros serão nos dias 17 e 18 de setembro.
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