O portal Mercado Livre está planejando investir R$ 4 bilhões no Brasil em 2020. O investimento seria parte dos esforços para aumentar a escala do negócio de comércio eletrônico e de serviços financeiros do Mercado Pago.
A informação sobre os futuros investimentos foram divulgados nesta segunda-feira (10) por Stelleo Tolda, vice-presidente-executivo do Mercado Livre na América Latina.
O valor que o portal pretende investir representa um crescimento de mais de 30% em relação aos R$ 3 bilhões investidos no País no ano passado. Segundo Tolda, esses recursos ajudarão o Mercado Livre a aumentar sua eficiência logística e, dessa forma, reduzir os prazos de entrega de encomendas. Além disso, segundo o executivo, será ampliado o cardápio de serviços financeiros.
Entretanto, mesmo com esse aumento, a empresa aumentará o foco na rentabilidade. Segundo Tolda, o objetivo é concluir 2020 com um resultado mais próximo do lucro. “Não estamos dispostos a investir a qualquer preço, com margens negativas”, declarou Tolda.
Mercado Livre maior portal da América Latina
O Mercado Livre é atualmente o maior portal de comércio eletrônico da América Latina. A empresa sediada na Argentina continua registrando forte crescimento das receitas na região.
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Segundo a própria empresa, a receita líquida no quarto trimestre 2019 subiu para US$ 674,3 milhões (cerca de US$ 2,8 bilhões). Um crescimento de 57,5% em dólar e de 84,4% em moeda constante em relação a 2018.
O volume de vendas (GMV, na sigla em inglês) chegou a US$ 3,9 bilhões, um crescimento de 19,7% em dólar. O número de compradores únicos cresceu 26,7% no trimestre, contra 25,7% de crescimento registrando no terceiro trimestre.
Mercado pago cresce 63,5% em 2019
Por sua vez, o volume total de pagamentos com o Mercado Pago chegou a US$ 8,7 bilhões. Um crescimento de 63,5% em dólar. A base de usuários da carteira cresceu 29,4% na base sequencial, alcançando 7,9 milhões de pagadores ativos.
Entretanto, o prejuízo do Mercado Livre cresceu mais de 20 vezes no quarto trimestre em relação a um ano antes, alcançando US$ 54 milhões. No acumulado de 2019, o vermelho quase dobrou, chegando US$ 72 milhões.
Um resultado negativo gerado pelo aumento da concorrência, que levou os operadores de comércio eletrônico e de produtos financeiros a aumentar suas despesas com marketing e com subsídios a clientes.
Todavia, segundo Tolda, as despesas com marketing nos próximos trimestres deverão ser menores do que aquelas registradas em 2019. E o executivo explicou que a empresa sará mais seletiva na concessão de subsídios.
Em todos os casos, o Mercado Livre não planeja que a operação do Mercado Pago alcance a lucratividade em 2020.
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