Mercado Livre (MELI34) prevê investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024 e vira preferida entre analistas de bancos

Considerada a maior empresa de comércio online do Brasil, o Mercado Livre (MELI34) deve investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024, número 21% maior em relação ao ano anterior, e pouco mais do que o dobro do investimento realizado em 2021, segundo Fernando Yunes, vice-presidente sênior e principal executivo no país. A companhia é a preferida de analistas de dois bancos brasileiros.

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Segundo Yunes, o foco central do Mercado Livre em 2024 será a área de logística, segmento em que as plataformas rivais estrangeiras, como Amazon e Shopee, vem ampliando gastos nos últimos anos.

Dentro do investimento do Mercado Livre, está prevista a abertura de um centro de distribuição em Pernambuco ainda este ano, com o objetivo de ampliar a estrutura no Nordeste. A empresa também não descartou novas centrais em estados do Centro-Oeste e Sul.

Ainda de acordo com o vice-presidente sênior, entre os quatro pilares principais de investimento em 2024 estão logística, seguido por tecnologia, o braço de fintech do Mercado Pago e o “Mercado Ads”, operação de publicidade digital.

A varejista também pode ampliar a operação nos segmentos de moda e supermercados no online, e dedicar uma atenção especial ao uso de inteligência artificial para melhorar a experiência do cliente no site e também no aplicativo.

Para Itaú BBA, o Mercado Livre tem execução ‘impecável’

Em relatório, o Itaú BBA manteve sua visão construtiva para as ações de Mercado Livre, considerando o sólido crescimento do lucro por ação da empresa, apoiado por uma execução ‘impecável’.

“Mantemos nossa classificação ‘outperform’ [equivalente à compra] e nossa preferência pelo nome no setor de e-commerce”, pontuaram os analistas. O preço-alvo para as ações de Mercado Livre, segundo a casa, é de US$ 2.048.

O Itaú espera que 2024 seja um ano de expansão da lucratividade para o Mercado Livre, mas também enxerga a empresa exposta a algumas barreiras potenciais, “como ventos contrários da operação na Argentina, além de uma potencial deterioração na concorrência de um novo player transfronteiriço em rápido crescimento que ainda não está presente no Brasil”.

No geral, o banco espera que o impulso operacional do Mercado Livre se beneficie da evolução da monetização de sua plataforma durante o ano. As expectativas do Itaú incluem continuidade da aceleração das vendas 1P, com melhora das margens, aceleração do negócio publicitário, além de uma carteira de crédito em aceleração, que beneficia a lucratividade e alavanca as vendas dentro do ecossistema.

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‘Top pick’ do setor para o BTG Pactual

Em relatório recente sobre o Mercado Livre, o BTG Pactual atualizou suas estimativas para a varejista, se aprofundando nos principais pontos de discussão que envolvem a empresa, como crescimento do negócio de crédito e qualidade da carteira, monetização de tráfego e portfólio de comércio, além da exposição argentina.

Para a casa, o Mercado Livre manteve o desempenho superior do comércio eletrônico frente aos pares nos seus principais mercados, reforçando sua vantagem competitiva como ecossistema, que se fortaleceu nos últimos anos.

“Ainda vemos uma tendência secular de crescimento para o comércio eletrônico brasileiro (bem como para alguns mercados latino-americanos), com GMV mais elevado do que os níveis pré-pandemia nos últimos quatro anos”, disse o banco, que reforçou o Mercado Livre como ‘top pick’ para o setor.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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