Mercado Livre (MELI34) diz não ter interesse em entrar na disputa pelos Correios
O Mercado Livre (MELI34) não tem interesse em entrar na disputa pelo Correios, cujo leilão de privatização está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2022. A empresa argentina de e-commerce diz que tem investido na expansão de sua malha logística própria e por esse motivo não pretende entrar em um leilão pelo controle da estatal.
“Hoje a gente se sente muito confortável em dizer que não faz sentido participar da privatização dos Correios. A construção que tivemos dentro de casa foi muito mais eficiente”, disse o vice-presidente de logística do Mercado Livre, Leandro Bassoi, em entrevista nesta quarta-feira (11).
“Conseguimos encontrar ativos lógicos com mais facilidade trabalhando dentro de casa para fora do que fazendo sinergias com uma empresa com tantos anos de história e com seus ativos já existentes.”
O desinteresse da empresa argentina pelos Correios já foi comentado pelos responsáveis pela privatização da estatal. A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Ministério da Economia, Martha Seillier, e Fábio Abrahão, diretor de concessões e privatizações do BNDES. disseram que o tempo é um fator decisivo para que o ativo permaneça atrativo e usaram o Mercado Livre como exemplo.
“Se você analisar o Mercado Livre, o nível de dependência dos Correios há alguns anos estava em determinado patamar, e hoje é outro. Isso está acontecendo com todos os players. Esse timing da venda dos Correios é percebido pelo mercado.”
Mercado Livre abrirá mais 2 Centros de Distribuição em 2021
O Mercado Livre anunciou também que vai abrir mais dois Centros de Distribuição (CD) do tipo “fulfillment” até 2022. Esses centros armazenam produtos dos lojistas virtuais para fazer entregas mais rápidas. Um deles será lançado até o fim deste ano em Franco da Rocha (SP).
O outro deve estrear no quarto trimestre de 2022 na região metropolitana de Minas Gerais. “Até o fim de 2021, teremos oito CDs fulfillment e mais de 100 centros de última milha”, diz o vice-presidente de logística do Mercado Livre. Hoje, os centros de última milha somam 80 pontos pelo País.
(Com informações do Estadão Conteúdo)