O “cenário macro desafiador” apontado pelos especialistas foi superado pelo Mercado Livre (MELI34), que viu seu lucro líquido disparar 208% no primeiro trimestre de 2023 (1T23). De acordo com as informações publicadas nesta quarta (3), um dos principais motores para esse crescimento foi o aumento das vendas na plataforma. O Mercado Livre encerrou o período com lucro de US$ 201,4 milhões, mais que o triplo na comparação anual.
“Nossa liderança em e-commerce segue como uma grande alavanca para os resultados de toda companhia. Seguimos focados em continuar o bom desempenho ao longo de 2023, sobretudo diante do atual potencial para o desenvolvimento de novos produtos”, destacou Andre Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre, em comunicado à imprensa.
No período, sua receita total alcançou US$ 3 bilhões na América Latina, crescimento de 58,4%, em moeda constante, e de 35,1% em dólar na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os três principais mercados mantiveram o crescimento da receita em dólar na comparação anual, com o México avançando 62%, Argentina 39% e o Brasil 26% – País que representa 52% da receita líquida da companhia.
O resultado operacional foi de US$ 340 milhões na América Latina, com margem de 11,2% e crescimento de 145,0% em dólar. O resultado operacional em dólar cresceu mais de 200% no México, 70% no Brasil e 57% na Argentina.
Já a receita líquida de fintech atingiu quase US$ 1,4 bilhão, crescimento de 40,1%, em dólar, e 64,3% em moeda local.
Entre os principais números do balanço do Mercado Livre, destacam-se os seguinte dados:
- Receita total de US$ 3 bilhões, alta de 58,4% em moeda constante ante 1T22;
- Resultado operacional de US$ 340 milhões na América Latina, crescimento de 145% em dólar ante 1T22;
- Lucro líquido de US$ 201,4 milhões, alta de 208,5% ante 1T22;
Segundo Chaves, a empresa segue comprometida em crescer na América Latina no longo prazo e um dos indicadores desse crescimento é a contratação de mais de 1,7 mil profissionais de tecnologia.
“Essa mesma visão tem colocado o Mercado Pago numa posição privilegiada para concentrar o relacionamento de milhões de usuários de serviços financeiros na região. Após dois anos de intenso desenvolvimento, produtos de seguros e investimentos, por exemplo, se mostram cada vez mais promissores para complementar nossa estratégia ecossistêmica”, complementa o executivo.
Por dentro dos números do Mercado Livre
Segundo a empresa argentina, a receita líquida do negócio de e-commerce aumentou 53,9% em moeda constante, para quase US$ 1,7 bilhão, resultado do rápido crescimento do volume de vendas no período, quando o total de compradores únicos atingiu a 46,1 milhões, alta de 16,5%.
O aumento do número de compradores únicos acelerou em toda a região, e isso ajudou a impulsionar o volume de itens vendidos, que subiu cerca de 16% no primeiro trimestre.
Enquanto isso, a receita líquida do Mercado Pago atingiu quase US$ 1,4 bilhão, crescimento de 64,3% em moeda local. Esse indicador permaneceu acima da marca do US$ 1 bilhão pelo quarto trimestre seguido, por causa do desempenho e das receitas dos serviços de pagamento, investimentos e do negócio de crédito.
No primeiro trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 44,5 milhões de usuários ativos, alta de 24,3%, com crescimento em todos os mercados da região, permanecendo acima da marca de 40 milhões — somente nos últimos 12 meses, mais de 8,7 milhões de novos usuários foram adicionados.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, os BDRs do Mercado Livre apresentam alta de 33,29%, ao preço de R$ 55,98.
Com Estadão Conteúdo
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