A empresa argentina Mercado Livre (NASDAQ: MELI) finalizou a estruturação de um fundo de direitos creditórios (FIDC) de R$ 1,07 bilhão, com o objetivo de aumentar a oferta de capital de giro aos vendedores.
O Mercado Livre ainda destacou que a distribuição das cotas conta com prazo total de 30 meses, com amortização nos três últimos meses. Além disso, a companhia explicou que a taxa negociada das cotas equivale ao DI mais 1,75% ao ano.
Os coordenadores da operação são o Itaú BBA e a XP Investimentos, ao passo que o Brasil Plural será o gestor do FIDC.
A operação corresponde a 6% do atual volume de captação do portal de comércio eletrônico.
O diretor financeiro do Mercado Livre no Brasil, Tiago Azevedo, afirmou em nota que, “considerando o forte crescimento da companhia e do braço de serviços financeiros, nosso objetivo é diversificar as fontes de financiamento para ampliar e facilitar a oferta de capital de giro aos vendedores do Mercado Livre e do Mercado Pago”.
Vale destacar que em meados de novembro, o gigante do e-commerce ganhou autorização do Banco Central (BC) para atuar como instituição financeira.
Mercado Livre pode operar como instituição financeira
Após a decisão do BC, o Mercado Livre apontou que o sinal verde da autoridade monetária garantirá maior autonomia à companhia para a formulação de produtos e serviços financeiros e de crédito. O novo braço financeiro recebeu o nome de Mercado Crédito Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento.
A empresa conta com um capital social de R$ 40 milhões e é sediada na capital paulista.
Além dos benefícios para as operações de crédito, a licença permitirá o acesso a “fontes de financiamento diferentes, que complementarão a estratégia de funding da companhia”, ressaltou o vice-presidente do Mercado Pago, Tulio Oliveira.
Já em 2018 o Banco Central tinha concedido a autorização para funcionar como instituição de pagamento para Mercado Pago, que faz parte do grupo argentino do Mercado Livre.