Um levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e divulgado nesta segunda-feira (24) apontou que o mercado imobiliário brasileiro terminou o primeiro trimestre do ano com crescimento robusto nas vendas e um avanço discreto dos lançamentos pelas empresas, diante de incertezas com a pressão sobre os custos de construção.
Os lançamentos de imóveis residenciais no País somaram 28.258 unidades no primeiro trimestre de 2021, alta de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor registrou um recuo de 10,5 nos lançamentos, para 168.673 unidades.
Por sua vez, as vendas atingiram 53.185 unidades no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 27,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 12,8%, chegando a 207.946 unidades.
Com uma evolução mais forte das vendas perante os lançamentos, os estoques de imóveis (na planta, em obras e recém-construídos) caíram 14,8%, para 153.914 moradias. Este é o patamar mais baixo já registrado pela CBIC desde que o início da série histórica da pesquisa, em 2016.
Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta final se esgotaria em 8,9 meses. Há um ano, essa métrica estava em 11,8 meses.
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Durante o primeiro trimestre desse ano, o volume de financiamentos para imóveis residenciais avançou 113% em comparação ao mesmo período em 2020. Apesar do avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19), o mercado imobiliário está otimista e projeta um crescimento de mais de 30% em 2021, depois do avanço de 57,5% no ano passado.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, apontou que a tendência é que o mercado imobiliário continue aquecido, atendendo à demanda renovada pela pandemia.
Com informações do Estadão Conteúdo