O mercado global de fusões e aquisições (M&As) no setor de bancos encolheu no ano passado em comparação com 2019, tanto em volume (26%) quanto em valor (41%), mostrou pesquisa da KPMG.
De acordo com o levantamento, negócios já perto de serem assinados foram adiados e concluídos, enquanto aqueles em fase inicial foram atrasados. O volume de negócios entre bancos atingiu um volume de 1391, no ano passado, ante 1892, em 2019. O valor das operações caiu de US$ 343 bilhões para US$ 203 bilhões. Já o porcentual de negócios não domésticos cresceu sete pontos percentuais, para 29%.
Estados Unidos, Índia, China, Itália e Reino Unido continuaram a ser os mercados mais ativos, onde negócios bancários domésticos mantiveram a dominância, representando quase três quartos da atividade total.
No que tange ao volume de negócios realizados, a região de Ásia e Pacífico lideraram em 2020, com 32% das operações. Em seguida, aparecem América do Norte (29%); Europa (28%) e Oriente Médio e África (6%). A América Latina registrou o menor percentual, 5%.
Perspectivas positivas para negócios bancários
Segundo a KPMG, a perspectiva para a atividade de negócios bancários permanece otimista para 2021. Ainda conforme a pesquisa, 58% dos principais mercados esperam um aumento do volume e 42% devem registrar atividade estável em comparação com 2020.
“Após a pandemia de covid-19, o setor bancário passa por um forte momento de consolidação, especialmente na Europa”, disse Giuseppe Latorre, líder de consultoria de negócios da KPMG na Itália. “As fusões e aquisições são uma forma de os bancos enfrentarem a persistente baixa rentabilidade e reduzir custos graças às sinergias, aumentando assim a competitividade.”
De acordo com a empresa, embora pareça improvável uma recuperação econômica global em “V”, é possível enxergar “sinais de vida” no mercado de M&As no setor de bancos.
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