Mercado financeiro continua preocupado com desdobramentos da pandemia, diz BC
O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (27) por meio do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), que o mercado financeiro continua preocupado com os desdobramentos da pandemia do novo coronavírus.
“As IFs (instituições financeiras) pesquisadas mantêm atenção elevada com a inadimplência e com a redução da atividade econômica”, registrou o BC.
“As IFs acreditam que atrasos na vacinação e o surgimento de novas cepas do coronavírus podem prolongar a crise sanitária e exigir mais gastos para proteger a população vulnerável e incentivar a economia.”
Conforme a autarquia, o aumento dos gastos aumentaria o “já elevado risco fiscal”. “Não obstante, a confiança das IFs na estabilidade financeira durante toda a pandemia tem permanecido elevada, bem acima do que estava durante a recessão de 2015-2016”, disse.
Teste de estresse
O Banco Central avaliou nesta terça-feira, por meio do REF, que os resultados de testes de estresse aplicados sobre instituições financeiras continuam demonstrando redução dos efeitos da pandemia do novo coronavírus no sistema.
“Os resultados continuam corroborando a capacidade de o sistema absorver choques, sem desenquadramentos relevantes”, pontuou o BC.
“Os resultados das análises de sensibilidade também indicam boa resistência quando cada risco é simulado isoladamente. São testados os riscos de crédito, juros, câmbio e desvalorização de imóveis. Os resultados mantiveram-se estáveis em comparação aos testes anteriores.”
Para a autarquia, “a recuperação da atividade econômica observada no segundo semestre de 2020, assim como a melhora no capital, arrefeceram os efeitos da pandemia no sistema financeiro”.
“O resultado do teste específico para a Covid-19 indica que as perdas relacionadas a empresas e trabalhadores vulneráveis exigiriam aporte de R$ 1,5 bilhão para que todas as instituições cumprissem os limites regulamentares. Esse valor equivale a apenas 0,1% do total do Patrimônio de Referência (PR) do SFN”, disse o BC.
Com informações do Estadão Conteúdo