Em 4 anos, mercado de Fiagro pode atingir R$ 75 bilhões, aponta XP
Ainda engatinhando no mercado de capitais brasileiro, a indústria de fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagro) poderá ter um salto nos próximos anos. Uma estimativa da XP mostra que, até 2025, esse mercado chegará a R$ 75 bilhões.
Até o fim deste ano, os Fiagro lançados deverão alcançar R$ 3 bilhões, de acordo com a equipe de pesquisa da empresa. Em 2022, a estimativa é de R$ 14,8 bilhões. Cerca de 11 ofertas já estão protocoladas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em evento, a XP mostrou que suas estimativas começam a ficar mais favoráveis aos Fiagro a partir de 2023, quando as ofertas podem chegar a R$ 25 bilhões. No ano seguinte, uma alta de 74,8%, para R$ 43,7 bilhões e, então, um salto de 71,6%, para R$ 75 bilhões em 2025.
Como base do estudo, a equipe da corretora leva em consideração o crescimento dos fundos imobiliários nos últimos cinco anos, que foi de 71% ao ano.
O desenvolvimento da indústria acompanhou o movimento de queda da taxa de juros básica da economia (Selic), além da atratividade em razão da isenção do imposto de renda para pessoa física — o que os Fiagro também terão.
Para a XP, a ascensão dos Fiagro deve aproximar o agronegócio — setor em ampla expansão representativa na economia — ao mercado de capitais.
O agro representa cerca de 2,6% do valor de mercado da Bolsa local, ao passo que o setor leva uma fatia de quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Riza capta R$ 300 milhões em primeira oferta pública de Fiagro
Com a coordenação da XP, na última semana a gestora Riza captou R$ 300 milhões para um fundo que aplicará em títulos de dívida do agronegócio, no primeiro Fiagro destinado para pequenos investidores.
No ano passado, a casa já havia colocado um pé na terra. Foi lançado um fundo imobiliário dedicado a fazendas, o Terrax. Hoje, o fundo é negociado na B3 atráves do ticker RZTR11, com valor de mercado na ordem de R$ 1,09 bilhão.
A gestora Galapagos já havia realizado a primeira oferta ligada aos Fiagro, mas que foi feita atráves da Instrução 476 da CVM, uma oferta restrita a investidores profissionais. Foram levantados R$ 50 milhões.