No mês de maio, as companhias brasileiras emitiram R$ 22,6 bilhões no mercado de capitais, alcançando o terceiro maior volume do ano e registrando aumento de 46,3% ante o mês anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Segundo a Anbima, o destaque ainda é para as emissões de renda fixa. “É natural que as emissões de renda fixa se destaquem em um ambiente de juros altos. O mercado de renda variável está em ritmo mais lento, mas vale notar que tivemos oferta de ações pelo terceiro mês consecutivo”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais. Em abril e maio, os follow-ons (oferta subsequente de ações) movimentaram R$ 6,4 bilhões.
Mercado de capitais: debêntures registram 50% do volume total de ofertas
Somente em maio, as debêntures corresponderam 43,5% do volume total emitido, totalizando R$ 9,8 bilhões. De acordo com a Anbima, o resultado de maio fez com que a participação no ano das debêntures subisse para 50%, atingindo R$ 52,9 bilhões. Os prazos médios passaram de 6,3 anos para 5,6 anos.
A porcentagem na qual os recursos foram distribuídos no mercado de capitais:
- 33,9% capital de giro
- 31,4% refinanciamento de passivo
Na securitização, os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) marcam alta de 19,6%
As ofertas de CRAs chegaram a R$ 4,3 bilhões em maio, maior volume de emissões desde setembro do ano passado. No acumulado de 2023 (R$ 10,4 bilhões), o valor é 18,5% menor do que no mesmo período do ano anterior.
Nas operações de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) foi registrada uma redução de 17,5%, totalizando R$ 9,2 bilhões neste ano, conforme mostra a Anbima.
Alta de 77,2% no volume dos Fiagros
Nos produtos híbridos do mercado de capitais, segundo a associação, vale ressaltar a alta de 77,2% no volume dos Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) no acumulado do ano, com as emissões chegando a R$ 4,5 bilhões.