Méliuz (CASH3) reverte lucro em prejuízo de R$ 34 mi em 2021, com aumento de despesas
O prejuízo líquido consolidado do Méliuz (CASH3) somou R$ 34,3 milhões no acumulado de 2021, revertendo o lucro de R$ 19,6 milhões registrado em 2020. Os dados constam no balanço financeiro da empresa divulgado nesta terça-feira (29).
De acordo com o relatório, a receita líquida do Méliuz foi de R$ 263,48 milhões no acumulado de 2021, um aumento de 110% em relação ao ano de 2020. Segundo a empresa de cashback, o aumento decorre de:
- maior volume bruto de vendas (GMV) e aumento do take rate no shopping Brasil;
- aumento da receita de serviços financeiros advindos do cartão co-branded; e
- mais receita das empresas adquiridas ao longo de 2021, que em conjunto atingiram R$ 39,3 milhões e R$ 11,5 milhões de Melhor Plano, Promobit, Alter e iDinheiro.
Já o lucro operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 34,9 milhões negativos, um agravamento de 15,2% frente o Ebitda ajustado negativo de 2020, que somou R$ 30,3 milhões.
O Méliuz explica em relatório do 4T21 que esse resultado foi consequência do aumento das despesas ao longo do ano. Em 2021, as despesas operacionais da empresa de cashback aumentaram quase 3,5 vezes, saindo de R$ 96,9 milhões em 2020 para R$ 331,3 milhões em 2021.
“O aumento dessas despesas ao longo de 2021 foi imprescindível para colocar o Méliuz em uma posição favorável frente aos concorrentes. Abrimos novas frentes de geração de valor que, gradativamente, vão impactar positivamente o resultado da companhia”, diz o balanço financeiro do Méliuz.
Outros destaques operacionais
O número de usuários ativos do Méliuz cresceu 76% na comparação anual e encerrou 2021 em 9,4 milhões, com 22,4 milhões de contas totais. Já a taxa média de abertura de novas contas subiu 69% no período de um ano, para 33 mil por dia útil.
No 4T21, o volume total de pagamentos (TPV) do Méliuz atingiu R$ 947 milhões, contra R$ 914 milhões no 3T21 e R$ 506 milhões no 4T20.
Já em termos de valor bruto de vendas (GMV), no 4T21, considerando apenas o Méliuz, o GMV foi de R$ 1,7 bilhão, um crescimento de 52% contra o 3T21 e de 76% contra o mesmo período do ano anterior. Com as demais empresas do grupo, o GMV foi de R$ 2,0 bilhões de GMV na visão consolidada, um crescimento de 46% contra o 3T21 e 113% maior contra o mesmo período do ano anterior.
Entre outubro e dezembro de 2021, o Méliuz atingiu o maior take rate da sua história, de 7,4%. “O valor foi 1,2 p.p. acima do 3T21 (6,2%) e 1,1 p.p. acima do 4T20 (6,3%).
“O forte aumento do take rate no 4T21 foi principalmente resultado da sazonalidade do período, aliado às campanhas incrementais referentes ao Festival das Blacks”, diz o balanço financeiro do Méliuz.