Méliuz (CASH3) reverte prejuízo e anuncia lucro de R$ 7,6 milhões no 3T23; veja o que apoiou o resultado

O Méliuz (CASH3), empresa de tecnologia especializada em cashback, reportou lucro líquido consolidado de R$ 7,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 9,1 milhões em igual período do ano passado. No trimestre anterior, o prejuízo foi de R$ 6,3 milhões.

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De acordo com o diretor de Relação com Investidores e Governança da companhia, Marcio Penna, o Méliuz não gerava lucro desde o primeiro trimestre de 2021, após ter estreado na B3 em novembro de 2020.

O resultado do Méliuz, segundo ele, foi apoiado por redução de custos e aumento das margens, que foram o foco total dos últimos meses juntamente com o acordo para a venda do Bankly, antigo braço de pagamentos da empresa, para o banco BV.

Já o Ebitda consolidado da companhia foi negativo em R$ 900 mil, contra número também negativo de R$ 24,7 milhões no terceiro trimestre de 2022. No critério ajustado, o Ebitda ficou em R$ 1,2 milhão, ante um valor negativo de R$ 22,6 milhões registrados entre julho e setembro de 2022. Os ajustes excluem o Bankly e os itens extraordinários.

O balanço do Méliuz apontou que a receita líquida da empresa (sem Bankly) atingiu R$ 70,4 milhões neste trimestre, queda anual de 8% e trimestral de 2%. No terceiro trimestre do ano passado, a receita havia sido de R$ 77 milhões e, no segundo trimestre de 2023, de R$ 72,2 milhões.

O GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,212 bilhão, 6% abaixo do mesmo período do ano passado e 1% menor que o do trimestre anterior. Enquanto isso, o net take rate (taxa líquida de serviço) foi de 2,2%, queda de 0,2 ponto porcentual na comparação com o terceiro trimestre de 2022.

Qual a estratégia do Méliuz para os próximos trimestres?

O fato de a empresa ter atingido o “breakeven”, ou ponto de equilíbrio, é “apenas o começo”, segundo Penna. “O desafio agora é desenvolvimento sustentável”, falou, mencionando que já era esperado que o Méliuz priorizasse os investimentos no início das operações. Para os próximos trimestres, porém, ele afirma que a estratégia é outra. “Daqui pra frente não se queima mais caixa”.

O diretor explicou que a companhia entrou em contato com todos os fornecedores e conseguiu, na maioria dos casos, rever os contratos para reduzir de custos. Já para alcançar melhores margens, a empresa “equacionou” o que seria um valor bom para o usuário em termos de cashback, o que seria um valor bom para o Méliuz e o que seria um valor bom para os parceiros. “Nós atingimos o breakeven, que era a principal conquista do ano. É o início de um novo caminho”, disse.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

João Vitor Jacintho

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