Méliuz (CASH3) fecha parceria com fintech, de olho em criptomoedas
O Méliuz (CASH3) fechou uma parceria com a Liqi, fintech de ativos digitais em blockchain, informou a empresa nesta sexta-feira (20).
O objetivo, segundo comunicado ao mercado arquivado pela Méliuz, é tornar a operação em criptomoedas da companhia ainda mais robusta. A transação envolve potencial aquisição minoritária da Liqi, condicionada à performance de alguns indicadores.
“Com o acordo, o Méliuz passa a ganhar em liquidez na transação com criptomoedas, já que passa a ter acesso à compra de bitcoins em uma nova exchange, aumentando a facilidade de comprar e vender a criptomoeda no mercado, além de ampliar o portfólio de serviços. Vai gerar ainda mais oportunidades de engajamento e de cross sell com sua base de mais de 23 milhões de contas cadastradas”, afirma a empresa.
Conforme o anúncio, utilizando tecnologia em blockchain combinada com a segurança digital, a Liqi transforma ativos e negócios em frações digitais, chamadas de Tokens, para que se tornem mais acessíveis, aumentando a liquidez para diferentes tipos de ativos.
A Liqi possui um ano de existência, já realizou o lançamento da corretora própria e recebeu um aporte de R$ 27,5 milhões, liderado pelo Kinea Investimentos, Corporate Venture Capital do Itaú Unibanco (ITUB4), e outros novos sócios da startup.
Resultado do Méliuz no 1T22
O Méliuz teve prejuízo líquido consolidado de R$ 6,5 milhões no primeiro trimestre de 2022. Com isso, reverteu o lucro de R$ 3,017 milhões registrado no mesmo período de 2021.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 17 milhões negativos, contra R$ 7,6 milhões positivos um ano antes. No entanto, a cifra representa uma melhora de 67% em relação aos R$ 30,3 milhões negativos informados no quarto trimestre de 2021.
O GMV (valor bruto de mercadorias) consolidado chegou a R$ 1,6 bilhão entre janeiro e março, alta anual de 66%. Do montante total, R$ 1,3 bilhão é referente ao Méliuz, R$ 197,7 milhões ao shopping internacional e R$ 43,2 milhões à Promobit.
No período em questão, as despesas operacionais totalizaram R$ 108,9 milhões, redução de 28% em relação ao trimestre anterior. Os gastos com cashback, destaque negativo do balanço anterior do Méliuz, fecharam em R$ 53,5 milhões, queda de 21% na mesma base comparativa, mas crescimento de 152% ante os R$ 21,2 milhões registrados um ano antes.
A receita líquida do Méliuz atingiu R$ 90 milhões, recorde para um primeiro trimestre, representando alta de 74% na comparação anual, mas queda trimestral de 8%. A empresa atribui esse recuo ao maior reconhecimento da receita relativa ao período da Black Friday no próprio quarto trimestre.
Com informações do Estadão Conteúdo