A Méliuz (CASH3) apresentou, na noite da última quinta-feira (7), uma prévia dos dados operacionais da companhia no ano passado. As informações foram reveladas por meio de um comunicado ao mercado.
Em 2020, segundo a direção da Méliuz, foram originados mais de R$ 2,5 bilhões em Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês) aos parceiros do marketplace, um avanço de 51% sobre o ano anterior.
Também foram abertas 5 milhões de novas contas ao longo do ano, quase dobrando o número de 2019, atingindo 14 milhões de contas abertas na base total. O número de usuários ativos, por sua vez, registrou um crescimento de 152%, passando de 2,1 milhões em 2019 para 5,3 milhões no ano passado.
No que se refere aos serviços financeiro, o Cartão Méliuz, criado em parceria com o Banco Pan (BPAN4), atingiu a marca de mais de 2,8 milhões de solicitações — número 16 vezes maior do que o reportado em 2019. A companhia salienta que o cartão não possui anuidade, e ainda oferece até 1,8% de cashback.
A companhia sediada em Belo Horizonte (MG) também destacou o início das operações do Méliuz Nota Fiscal, ferramenta que aproxima a empresa de indústrias e “oferece às marcas uma nova forma de promoção e incentivo de vendas”. Foram realizadas 34 campanhas ao longo de 2020, contemplando marcas como Skol, Heineken, Nissin, Fazenda do Futuro, entre outras.
No comunicado, a empresa ressaltou que as informações são preliminares, não auditadas e que estão sujeitas a revisão. O documento foi assinado por Ofli Guimarães, CFO e diretor de Relações com Investidores.
BTG recomenda compra das ações da Méliuz
Em relatório enviado a clientes no mês passado, o BTG Pactual (BPAC11) recomendou a compra dos papéis da Méliuz. O preço-alvo estipulado pelo banco de investimento é de R$ 18, o que ainda perfaz um potencial de alta de 10%. À época, a valorização prevista era de 44%.
De acordo com os analistas, a empresa se beneficia do seu pioneirismo na indústria de cashback, que ainda é bastante incipiente no País. Além disso, a startup tem uma forte presença no comércio online, com espaço de crescimento no Brasil, e também com oportunidades no mundo físico.
“O negócio de cashback ainda é incipiente e um maior conhecimento do produto deve beneficiar um player independente como a Méliuz, mas a chegada de novas companhias com uma oferta mais ampla de produtos financeiros pode gerar riscos, à medida que a competição se intensifica, pressionando o custo de aquisição de clientes e as margens”, diz o relatório da instituição.