Enquanto no primeiro trimestre do ano a Méliuz (CASH3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,017 milhões, neste segundo trimestre o prejuízo da empresa de cashback se agravou em relação ao mesmo período do ano passado.
Em balanço financeiro divulgado nesta manhã de segunda (16), a Méliuz informou um prejuízo consolidado de R$ 4,658 milhões. Já o prejuízo atribuído aos controladores foi de R$ 6,692 milhões.
Há um ano, entre abril e junho, o prejuízo atribuído aos controladores pela empresa foi de R$ 6,5 milhões.
Com isso, a resposta do mercado financeiro foi vender as ações CASH3. Às 11:50 os papéis da empresa desvalorizavam 10,82%, cotados a R$ 49,81.
No pior momento, as ações chegaram a cair 14%, cotadas a R$ 47,50.
Aumento das despesas da Méliuz
De acordo com a empresa de cashback, houve um aumento grande das despesas operacionais, que somaram R$ 62,5 milhões aos custos entre abril e junho. Esse aumento se deve principalmente aos gastos com:
- despesas de pessoal: R$ 5,1 milhões;
- gastos com cashback: R$ 3,4 milhões;
- custos de marketing: R$ 3,2 milhões;
- despesas com softwares: R$ 2,3 milhões.
“Importante notar que aproximadamente 50% do aumento das despesas entre os trimestres estão relacionados a novas contratações e investimentos em software, visando o crescimento do nosso time e da área de tecnologia, com o objetivo de assegurar nossas entregas nos próximos anos”, destaca a Méliuz em balanço.
Para Bruno Madruga, sócio e Head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, além dos números baixos apresentados pela Méliuz, soma-se a desvalorização o dia de aversão aos riscos que a bolsa brasileira vive.
O Ibovespa, por exemplo, cai 1,40% às 11:50 desta segunda, enquanto o índice de Small Caps perde 2,82%.
“Tem interferência dos resultados, sem dúvida nenhuma, porém é um dia bastante negativo para os mercados em geral. Essa é grande verdade do dia de hoje”, diz Madruga sobre as operações da Méliuz e da Bolsa.