A Méliuz (CASH3) celebrou o acordo de investimento definitivo para a venda ao banco BV da totalidade das ações de titularidade da companhia de emissão do Bankly e de até 100% das ações de emissão da Acessopar, segundo fato relevante divulgado nesta sexta (2).
A venda das ações de emissão do Bankly e de até 100% das ações de emissão da Acessopar, subsidiária integral da companhia que detém 52,19% do capital social do Bankly, será realizada com base em um enterprise value de R$ 210 milhões.
“A efetivação da venda e a transferência do Bankly e Acessopar estão sujeitas à implementação de condições precedentes estipuladas entre as partes, incluindo a aprovação por eventuais autoridades brasileiras, tal como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Banco Central do Brasil (BC)”, informou a Méliuz.
Ações da Méliuz passaram a ser grupadas e desdobradas, simultaneamente
Desde o último dia 1º de junho, as ações da Méliuz passaram a ser negociadas ex-grupamento e ex-desdobramento.
Na prática, a partir desta data, as posições acionárias da Méliuz passam a ser simultaneamente grupadas e desdobradas, na qual cada grupo de 100 ações foi agrupado em 1 ação e, ato contínuo, cada ação foi desdobrada em 10 ações.
“Os acionistas que detenham ações da Méliuz em números não múltiplos de 100 terão suas posições grupadas, sendo as frações separadas e aglutinadas para posterior leilão, de modo que a posição após a operação será representada pelo múltiplo de 100 imediatamente anterior à posição previamente detida”, informou a empresa em comunicado ao mercado.
O Méliuz destacou, ainda, que eventuais frações de ações remanescentes da operação serão separadas e aglutinadas em números inteiros e vendidas em leilão, em data a ser divulgada oportunamente.
Méliuz reverteu prejuízo e teve lucro de R$ 7,6 mi no 1T23
A Méliuz reportou lucro líquido recorrente de R$ 7,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. Esse resultado reverte o prejuízo de R$ 6,4 milhões reportado um ano antes. No critério consolidado, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 11,9 milhões, piora de 81% ante os R$ 17,1 milhões negativos dos três primeiros meses de 2022.
O Ebitda recorrente da Méliuz (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 1,5 milhões, uma melhora de 91% quando comparado a igual intervalo do ano passado. Já o Ebitda consolidado atingiu R$ 28,4 milhões negativos, piora de 66% na mesma base comparativa.
Os números consolidados desconsideram o Bankly, os itens extraordinários e despesas excluídas após o acordo comercial.
Entre janeiro e março de 2023, a receita líquida da Méliuz total atingiu R$ 98,7 milhões, aumento de 10% em relação aos R$ 90 milhões reportados um ano antes.
Já o GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,246 bilhão, recuo anual de 12%. No release de resultados, a empresa destaca a desaceleração do e-commerce, potencializada pelo pedido de recuperação judicial das Lojas Americanas. O TPV também cedeu, com baixa de 23%, para R$ 587 milhões nos três primeiros meses de 2023.
Méliuz: mudança de estratégia
“Em contrapartida, tivemos sucesso em direcionar o fluxo das Americanas (AMER3) para outros parceiros dentro do ambiente Méliuz, mitigando os impactos da desaceleração nas vendas”, diz ainda a companhia.
O net take rate (que é a taxa líquida de serviço) da companhia ficou em 2,2%, 0,2 ponto porcentual acima da taxa da registrada um ano antes. O take rate ficou em 6%, queda de 0,3 p.p. O recuo reflete a mudança de estratégia da companhia em reduzir as campanhas com aumento de cashbacks que tinham menores margens, segundo o release de resultados.
O número total de contas totais da Méliuz subiu 23% na comparação anual, para 29,4 milhões.
Cotação de Méliuz
Nesta sexta-feira (1), perto das 11h30, as ações ordinárias da Méliuz subiam 3,67%, a R$ 9,33.
Cotação CASH3