Méliuz (CASH3): ações sobem após efetivação de grupamento e desdobramento

As ações da Méliuz (CASH3) fecharam em alta de 1,12% nesta quinta-feira (1), a R$ 9, na primeira sessão em que os papéis da empresa especializada em cashback passaram a ser negociadas ex-grupamento e ex-desdobramento.

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Na prática, a partir de hoje, as posições acionárias da Méliuz passam a ser simultaneamente grupadas e desdobradas, na qual cada grupo de 100 ações foi agrupado em 1 ação e, ato contínuo, cada ação foi desdobrada em 10 ações.

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“Os acionistas que detenham ações da Méliuz em números não múltiplos de 100 terão suas posições grupadas, sendo as frações separadas e aglutinadas para posterior leilão, de modo que a posição após a operação será representada pelo múltiplo de 100 imediatamente anterior à posição previamente detida”, informou a empresa em comunicado ao mercado.

O Méliuz destacou, ainda, que eventuais frações de ações remanescentes da operação serão separadas e aglutinadas em números inteiros e vendidas em leilão, em data a ser divulgada oportunamente.

Méliuz reverteu prejuízo e teve lucro de R$ 7,6 mi no 1T23

Méliuz (CASH3), empresa especializada em cashback, reportou lucro líquido recorrente de R$ 7,6 milhões no primeiro trimestre de 2023. Esse resultado reverte o prejuízo de R$ 6,4 milhões reportado um ano antes. No critério consolidado, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 11,9 milhões, piora de 81% ante os R$ 17,1 milhões negativos dos três primeiros meses de 2022.

Ebitda recorrente da Méliuz (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 1,5 milhões, uma melhora de 91% quando comparado a igual intervalo do ano passado. Já o Ebitda consolidado atingiu R$ 28,4 milhões negativos, piora de 66% na mesma base comparativa.

Os números consolidados desconsideram o Bankly, os itens extraordinários e despesas excluídas após o acordo comercial.

Entre janeiro e março de 2023, a receita líquida da Méliuz total atingiu R$ 98,7 milhões, aumento de 10% em relação aos R$ 90 milhões reportados um ano antes.

Já o GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,246 bilhão, recuo anual de 12%. No release de resultados, a empresa destaca a desaceleração do e-commerce, potencializada pelo pedido de recuperação judicial das Lojas Americanas. O TPV também cedeu, com baixa de 23%, para R$ 587 milhões nos três primeiros meses de 2023.

Méliuz: mudança de estratégia

“Em contrapartida, tivemos sucesso em direcionar o fluxo das Lojas Americanas (AMER3) para outros parceiros dentro do ambiente Méliuz, mitigando os impactos da desaceleração nas vendas”, diz ainda a companhia.

O net take rate (que é a taxa líquida de serviço) da companhia ficou em 2,2%, 0,2 ponto porcentual acima da taxa da registrada um ano antes. O take rate ficou em 6%, queda de 0,3 p.p. O recuo reflete a mudança de estratégia da companhia em reduzir as campanhas com aumento de cashbacks que tinham menores margens, segundo o release de resultados.

O número total de contas totais da Méliuz subiu 23% na comparação anual, para 29,4 milhões.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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