A M. Dias Branco (MDIA3) fechou o primeiro trimestre deste ano (1T24) com um lucro líquido de R$ 154,9 milhões. Esse valor representa um aumento de 121,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa é líder no segmento de massas e biscoitos, responsável por marcas como Piraquê, Adria e Vitarella.
A margem bruta da companhia também apresentou crescimento significativo, passando de 27,1% para 36,6% na comparação anual. Em contrapartida, a receita líquida da M. Dias Branco no 1T24 registrou uma queda de 14%, totalizando R$ 2,1 bilhões, segundo balanço divulgado pela empresa.
O balanço da M. Dias Branco diz que essa redução ocorreu porque houve, principalmente, diminuição do preço médio em categorias sensíveis aos preços das commodities, como farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras, além da interrupção programada das operações em janeiro. O óleo de palma, por exemplo, recuou significativamente em comparação ao ano anterior, refletindo uma queda média de 34% no custo das matérias-primas.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 277,3 milhões, representando um aumento de 59,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda da M. Dias Branco no resultado do 1T24 também apresentou um avanço, atingindo 13%.
Além disso, a empresa destaca em balanço um desempenho superior em subcategorias com menor preço médio, como biscoitos cream cracker, maria, maizena e massa comum. Na categoria de biscoitos, o efeito mix foi responsável por cerca de 90% da redução do preço médio entre o primeiro trimestre de 2024 e o último trimestre de 2023 (1T23).
A M. Dias Branco manteve seu nível de alavancagem estável, com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 0,1 vez no trimestre. A companhia encerrou o período com R$ 149 milhões em caixa.
M. Dias Branco reduz dívida e termina 1T24 com saldo de caixa de R$ 2,17 bilhões
A M. Dias Branco registrou um crescimento no lucro bruto no 1T24, com um aumento de 16,2% em valores nominais em comparação com o 1T23. Além disso, a margem bruta apresentou um crescimento sequencial, atingindo 36,6%, o que representa um aumento de 9,5 pontos percentuais em relação ao 1T23. Os lançamentos de novos biscoitos contribuíram positivamente para a receita bruta, alcançando um montante de R$ 62,9 milhões, um aumento de 14,7% em comparação com o 1T23.
A empresa destaca que o lucro bruto inclui as subvenções para investimentos estaduais, que totalizaram R$ 97,8 milhões no trimestre da M. Dias Branco, contra R$ 131,8 milhões no mesmo período de 2023. De janeiro a março deste ano, a M. Dias Branco registrou um resultado financeiro negativo de R$ 0,7 milhão, uma melhora significativa em relação aos R$ 58,1 milhões negativos no 1T23.
Essa melhora é atribuída principalmente à redução da dívida bruta, que passou de R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2023 para R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024, e à diminuição do custo da dívida devido à retração do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em termos de capacidade de produção, a empresa diz que alcançou um nível de utilização de 60,5% no primeiro trimestre de 2024, um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior em todas as categorias, impulsionado pelo aumento dos volumes produzidos em 8,5%.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a empresa afirma no balanço que alcançou um caixa líquido de 0,1 vez, refletindo a melhora sequencial dos resultados e a forte geração de caixa. Ao final do primeiro trimestre de 2024, a M. Dias Branco encerrou com um saldo de caixa de R$ 2,17 bilhões. Além disso, 81,7% da dívida está registrada no longo prazo, segundo a companhia.
Com queda de papéis negociados, empresa aprova Programa de Recompra de ações
Em 28 de março deste ano, a M. Dias Branco diz que havia 66.385.773 ações disponíveis para negociação, representando 19,6% do total de ações da empresa, e cada ação era cotada a R$ 38,18, segundo dados da companhia.
Durante o 1T24, houve em média 3.039 negócios com as ações da M. Dias Branco por dia, em comparação com 7.526 no1T23, conforme a M. Dias Branco. O valor financeiro médio diário das negociações foi de R$ 28,2 milhões, uma queda em relação aos R$ 52,8 milhões registrados no 1T23.
No dia 18 de abril, a empresa diz que o conselho de administração da companhia aprovou o Programa de Recompra de até 3.580.000 ações. O objetivo desse programa, diz a M. Dias Branco, é manter essas ações em tesouraria para posterior cancelamento ou venda para maximizar geração de valor para os acionistas e atender ao Programa de Incentivo de Longo Prazo da empresa.