A Mater Dei (MATD3) precificou sua oferta pública inicial de ações (IPO) na noite desta quarta-feira (15) em R$ 17,44 a ação ordinária, valor 20% abaixo do piso da faixa indicativa, que era de R$ 21,80 a R$ 26,20.
A companhia se torna agora mais uma das empresas que fizeram seus IPOs recentemente e viram seus preços esperados descontados – isso sem falar nas que desistiram do processo. Além do Mater Dei, a Dasa (DASA3), também do setor da saúde, passou por situação semelhante na semana passada: as ações foram precificadas a R$ 58, ante a faixa indicativa que ia de R$ 64,90 a R$ 84,50.
A Mater Dei, mesmo com o preço vindo aquém do esperado, emitiu o número de ações que havia proposto inicialmente: além de aprovar a precificação, o conselho de administração, em reunião ontem, aprovou também que o capital social da companhia passasse a englobar as 68,1 milhões de ações emitidas na oferta primária, sendo agora de R$ 1,32 bilhão.
Não houve informação ainda se os acionistas que venderiam parte de suas fatias durante o IPO da Mater Dei optaram por continuar com o processo frente a um preço mais desvalorizado. No prospecto preliminar, foi declarado que alguns investidores da companhia pretendiam vender 12,5 milhões de papéis.
Mater Dei levanta R$ 1,18 bilhão
A Mater Dei levantou em sua oferta primária, com esse preço, R$ 1,18 bilhão. No piso da faixa indicativa, a companhia levantaria R$ 1,48 bilhão. No teto, R$ 1,78 bilhão.
A rede de hospitais pretende utilizar os recursos para investir na expansão inorgânica, comprando novos ativos em praças estratégicas, e para custear a construção de novos hospitais (em projetos greenfield).
A movimentação da Mater Dei, e o levantamento de um capital menor do que o esperado, vem em meio a todo um processo das companhias brasileiras de saúde, que estão se movimentando para não ficarem para trás em meio a um cenário mais competitivo – além da Dasa, já mencionada, Viveo, Kora Saúde, Blau Farmacêutica realizaram, ou ao menos tentaram, tocar seus IPOs recentemente.