Mater Dei (MATD3) quer ser consolidadora nacional e BTG vê espaço, além de upside de 54%
O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura de Mater Dei (MATD3) com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 24,00, um upside de 54%.
O target contempla uma projeção de R$ 18,00 por papel para o portfólio atual da Rede Mater Dei — o qual, segundo os analistas do BTG Samuel Alves e Yan Cesquim, está subvalorizado na faixa dos R$ 15,00 — e mais R$ 6,00 adicionais, provenientes de aquisições. O banco assume a premissa de mil leitos nos próximos cinco anos.
Conforme o relatório, o objetivo último do grupo hospitalar é replicar o modelo de negócios de Belo Horizonte em outras regiões por meio de novos empreendimentos e aquisições. O pontapé foi dado em um novo projeto em Salvador, com capacidade total de 367 leitos. O ativo deve ser inaugurado na primeira meta de 2022.
“Antecipamos um grande upside de futuras fusões e aquisições, dada a exposição relativamente pequena da empresa no cenário nacional”, avaliou o BTG.
Mas, embora a operações de expansão via M&As beneficiem diretamente o valuation, as analistas veem outras alavancas de crescimento.
Com marca e relacionamento sólidos, além de três hospitais de alto padrão, a Rede Mater Dei é líder absoluta entre as operadoras de saúde não verticalizadas no mercado de Belo Horizonte, amparada por uma operação altamente lucrativa. Apenas apenas 58% dos 1.081 leitos na capital mineira estão em operação e, com um capex mínimo, a companhia pretende amadurecê-los totalmente nos próximos cinco anos.
Na análise do banco de investimentos, além dos riscos de execução relacionados à agenda de M&As e ao amadurecimento de projetos de expansão, a Mater Dei deverá gradativamente enfrentar mais concorrência da Rede D’Or (RDOR3).
Última cotação de Mater Dei
A ação ordinária da Mater Dei fechou o pregão em queda de 0,51%, a R$ 15,48.