Em crise, Marisa (AMAR3) reformula alto escalão e faz mudanças na presidência

A Marisa (AMAR3) realizou uma reformulação na sua diretoria enquanto passa por uma crise financeira. Em fato relevante divulgado na noite de quinta (16), a varejista de moda apresentou seus novos líderes ao mercado e promoveu mudanças nas presidências.

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O executivo João Pinheiro Nogueira Batista, que havia assumido a presidência do conselho de administração da varejista no início da semana, já deixou esse posto e tornou-se diretor presidente (CEO) e diretor de Relações com Investidores da companhia. Ele segue no conselho de administração da Marisa, que agora é liderado interinamente por Luis Paulo Rosenberg.

“Diante da importância dos relacionamentos comerciais e operacionais da companhia, o novo diretor presidente está definindo, em conjunto com o sr. Alberto Kohn de Penhas, a forma de sua colaboração com a companhia uma vez que o sr. Penhas deixa nesta data o cargo de diretor presidente interino”, ressaltou a varejista no comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A diretoria financeira da empresa também protagonizou mudanças: sai Renê Santiago dos Santos e entra Roberta Ribeiro Leal. A executiva tem 15 anos de experiência no mercado financeiro e já passou por empresas como a Embraer (EMBR3) e a Azul (AZUL4).

“O conselho de administração da companhia está supervisionando os trabalhos de aprimoramento do modelo de negócios da companhia juntamente aos assessores externos contratados”, complementou a empresa.

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Crise na Marisa

Segundo informações do Estadão/Broadcast, as dívidas da Marisa somam cerca de R$ 600 milhões. Assim, a varejista está realizando uma renegociação direta com os credores, que estão receptivos, de acordo com as fontes. Na lista de credores da Marisa estariam bancos como Bradesco (BBDC4), Safra, Daycoval, Alfa, ABC do Brasil, Itaú (ITUB4) e Caixa.

Com o escândalo contábil da Americanas (AMER3), os bancos estão mais temorosos com as empresas do setor varejista. Além disso, as vendas do setor caíram nos últimos meses, segundo os dados do IBGE.

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Em 9 de fevereiro, as ações da Marisa ficaram abaixo do R$ 1 pela primeira vez na história. O movimento ocorreu após a varejista de moda contratar duas empresas que a ajudarão a renegociar dívidas e reestruturar custos.

“A companhia contratou a BR Partners (BRBI11) para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos”, ressaltou a Marisa em comunicado na CVM na ocasião.

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Erick Matheus Nery

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