O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, renunciou ao cargo pela segunda vez, após a ruptura de sua coalizão de governo. O economista se reuniu com o presidente Sergio Mattarella nesta quinta-feira (21) para comunicar sua decisão.
A renúncia de Mario Draghi vem diante da perda de sua base de apoio no Parlamento italiano. O político, até então no poder desde fevereiro de 2021, informou que permanecerá no cargo por ora para “dirigir os assuntos atuais”.
Renúncia de Mario Draghi já era esperada
O movimento de renúncia do primeiro-ministro italiano era esperado, após os partidos Forza Italia, Liga e Movimento 5 Estrelas (MSE), três dos principais aliados de Draghi, se recusarem a participar de um voto de confiança solicitado ontem, quarta-feira (20).
O gabinete de Sergio Mattarella disse em um comunicado que o presidente já “tomou nota” da renúncia e pediu a Draghi que permanecesse como interino na posição.
Mario Draghi havia pedido demissão há uma semana, em 14 de julho, com a falta do apoio do partido Movimento 5 Estrelas em um voto de confiança sobre medidas para combater o alto custo de vida no país. Mattarella rejeitou a renúncia inicial do primeiro-ministro, e ordenou que a coalizão no parlamento fosse mantida até o início de 2023, o fim planejado.
Espera-se, agora, que as eleições antecipadas possam ocorrer em setembro ou outubro deste ano.
Mercado italiano reage à renúncia de Mario Draghi
Ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi foi considerado o ‘salvador da zona do euro’ em 2012. Na manhã desta quinta-feira (21), ações e títulos italianos recuaram, reagindo à notícia da saída do cargo. Ao mesmo tempo, os mercados globais se preparavam para a decisão do BCE sobre a taxa de juros, em expectativa para a primeira elevação em 11 anos.
Por volta das 6h55 (horário de Brasília), o FTSE MIB, índice de referência do mercado de ações da bolsa de valores italiana, recuava -1,97%. Às 11h35, o índice acumulava 21.059 pontos, em queda de 1,25%.
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