A Marinha vai lançar ao mar nesta sexta-feira (14) o mais novo submarino brasileiro, o S-40 Riachuelo.
O lançamento do submarino será em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O S-40 Riachuelo é o primeiro de uma série de cinco submarinos da Marinha do Brasil da Classe Scorpène construídos com tecnologia francesa. Um dos quais será movido a energia nuclear.
O S-40 Riachuelo tem 72 m de comprimento e mais 1,8 mil toneladas de peso, com capacidade para transportar 35 marinheiros em viagens que podem durar até mais de 70 dias seguidos.
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O submarino será armado com torpedos e mísseis e poderá espalhar minas navais nas rotas de outras embarcações.
Os submarinos Classe Scorpène fazem parte do programa Prosub, um dos programas mais importantes das Forças Armadas do ponto de vista estratégico. Esses programas incluem também a construção de uma grande base naval e de estruturas de enriquecimento de urânio. Este último parte do Programa Nuclear da Marinha.
O principal responsável pela gestão do programa Prosub e do Programa Nuclear da Marinha, é o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque. Ele deve deixar a Marinha no fim do ano para integrar o governo de Jair Bolsonaro como ministro de Minas e Energia.
O almirante assistirá ao lançamento no mar do submarino S-40 Riachuelo por um elevador gigante.
O Brasil já possui outros cinco submarinos, das classes Tupi e Tikuna, que usam tecnologia de origem alemã. Eles são mais leves e cerca de 10 m menores que a classe Riachuelo. Uma condição lhes dá menor autonomia no mar (cerca de 50 dias).
A Marinha não divulgou informações estratégicas como a profundidade máxima que o Riachuelo conseguirá mergulhar assim como sua velocidade máxima exata. Entretanto, a Força Armada confirmou que o submarino atingirá mais de 37 km/h.
Por que o Brasil constrói um submarino
O submarino será usado essencialmente para defender a costa brasileira e as instalações petrolíferas do pré-sal em alto mar contra eventuais ataques de embarcações militares de grande porte.
A presença de submarinos defendendo as águas territoriais do Brasil tem “efeito dissuasório”. Isso porque aumenta exponencialmente os custos de um ataque naval por parte de um país com maior poder militar que o Brasil.
O invasor teria que usar mais navios ou tecnologia superior para defender
suas embarcações de ataques dos submarinos.
Em caso de ataque, a principal tática é parar o submarino no fundo do mar e esperar pela passagem de navios inimigos na superfície. Quando os alvos se aproximam eles podem disparar torpedos e mísseis ou espalhar minas navais no caminho das embarcações.
O S-40 Riachuelo é um submarino convencional, mas o Brasil pretende construir até 2029 um submarino nuclear, que será chamado de SN-BR Álvaro Alberto.