Marfrig (MRFG3) registra lucro líquido de R$ 674 mi no 3T20
A Marfrig Global Foods (MRFG3) divulgou nesta quarta-feira (11) os resultados do terceiro trimestre de 2020. A gigante da produção de proteínas animais registrou um lucro líquido de R$ 674 milhões, ante R$ 100 milhões do mesmo período do ano passado.
A receita líquida da Marfrig, por sua vez, foi de R$ 16,833 milhões, ao passo que no mesmo trimestre de 2019 foi de R$ 12,744.
Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 2,196 milhões, ante R$ 1,499 milhões do terceiro trimestre do ano passado.
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América do Norte
A produção da Marfrig na América do Norte avançou 5,1% para 513 mil toneladas de produtos de proteína animal. O resultado foi alavancado pelo mercado doméstico, com ganhos de 6,6%, que compensou perdas de 3% do mercado asiático.
Em receita, a National Beef registrou queda de 0,6% para US$ 2,24 bilhões na comparação anual, impactada pelas menores exportações.
América do Sul
A produção na América do Sul, que envolve plantas no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, somou 370 milhões de toneladas, 2% abaixo dos 378 milhões de toneladas do terceiro trimestre de 2019. O mercado interno mostrou recuo de 11,4% no período, compensado parcialmente com alta de 19,3% nas exportações, com destaque para vendas duas vezes maiores para os EUA.
Em receita, a Marfrig faturou 26% a mais em reais no trimestre com a desvalorização da moeda frente ao dólar. A empresa contabilizou R$ 4,79 bilhões com salto de 46,5% nos ganhos com exportação.
O preço do gado disparou no Brasil com a forte desvalorização do real, que provocou um desequilibro no mercado interno ao reduziu a oferta disponível. O valor da arroba saltou 49% de R$ 155,3 para R$ 232,8, com leva alta do quilo em dólar, que variou de US$ 2,6/kg em 2019 para US$ 2,8/kg no terceiro trimestre.
No Uruguai o preço da carne recuou 13% no mesmo período, para US$ 3,55/kg, enquanto na Argentina o preço ficou praticamente estável a US$ 2,56/kg.
Produção e dívida da Marfrig
A produção consolidada da empresa aumentou 2% para 884 mil toneladas de carne e produtos de proteína animal. A receita líquida avançou 32% para R$ 16,83 milhões com destaque para a desvalorização das moedas emergentes, que impulsionou as exportações.
Além disso, a dívida líquida da Marfrig fechou o trimestre em US$ 3,04 bilhões, aumento de 18% na comparação com os US$ 2,58 bilhões de igual período de 2019. A relação dívida líquida/Ebitda registrou forte queda de 0,75x para 1,68x. O custo médio da dívida também cedeu para 5,89%, de 5,74%, mas o prazo ficou mais curto para 4,15 anos, ante 5,07 anos em 2019.
Comunicado ao mercado
Além disso, a empresa comunicou nesta quarta-feira ao mercado, através de fato relevante, que o Conselho de Administração da Companhia aprovou, nesta data, a utilização dos recursos disponíveis no ITR referente ao período de seis meses findo em 30 de junho de 2020, para a aquisição, em uma única operação ou em uma série de operações, de 4.214.072 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da Companhia.
A Marfrig comunicou que o objetivo do Plano de Recompra é adquirir as ações de emissão da própria Companhia em bolsa de valores, a preços de mercado, para permanência em tesouraria, cancelamento ou posterior alienação das ações no mercado ou sua destinação ao eventual exercício de opções de compra de ações no âmbito do plano de Stock Option ou outorga direta de ações da Companhia, sem redução do capital social.
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Ao passo que a quantidade de ações em circulação no mercado, nesta data é de 356.561.359 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da Companhia, excluídas deste total as ações em tesouraria.
Além disso, a Marfrig informou que “Considerando o número de Ações em Circulação e os recursos disponíveis, a Companhia poderá, a seu exclusivo critério e nos termos deste Plano de Recompra, adquirir até 4.214.072 (quatro milhões, duzentos e catorze mil e setenta e duas) ações, correspondentes a 0,59% (cinquenta e nove centésimos por cento) do total de ações de emissão da Companhia e 1,18% (um inteiro e dezoito centésimos por cento) das Ações em Circulação, sendo portanto inferior a 10% (dez por cento) das Ações em Circulação”.
