Marfrig (MRFG3) aumenta participação acionária na BRF (BRFS3) para perto dos 30%

Após ter anunciado a compra de 24,23% do capital da BRF (BRFS3) e se tornar o maior acionista da companhia, a Marfrig (MRFG3) aumentou sua participação acionária na dona da Sadia e Perdigão por meio de leilão na B3.

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De acordo com o site BrazilJournal, o objetivo da Marfrig é elevar sua participação para 30%. Esse movimento pode indicar uma tentativa de concluir a fusão que havia sido ensaiada em 2019, mas não ocorreu.

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As ações ordinárias da BRF entraram em leilão na terça-feira (1) após uma operação de compra coordenada pelo J.P. Morgan para aquisição de 23,5 milhões de papéis, a R$ 28,75, cada, o equivalente a 2,89% do capital da companhia. Já na quarta-feira foram leiloadas 14 milhões de ações, no mesmo valor, representando uma fatia de 1,72% da empresa.

Com esses leilões aumentam as chances da Marfrig cruzar 30% do capital da BRF, aproximando-se do nível de 33,33% o chamado poison pill, que obrigaria a empresa a fazer uma oferta a todos os acionistas.

No último pregão, os papéis da BRF encerram em alta de 4,11%, a $ 29,38. Já as ações da Marfrig tiveram ganho de 2,6%, negociadas a R$ 18,96.

XP avalia que fusão entre Marfrig e BRF “tem inúmeros bons motivos” para acontecer

A aquisição de ações da BRF pela Marfrig  reviveu a expectativa de anos atrás sobre uma possível fusão entre as companhias. Apesar de não insinuarem nenhuma combinação de negócios ao mercado, a XP Investimentos avalia que hoje não seria uma má ideia.

Em maio de 2019, a Marfrig e a BRF haviam declarado que estudavam uma possível fusão. No entanto, dois meses após o anúncio, os estudos foram cancelados. Na época, o principal entrave foi relativo às discussões sobre a estrutura societária. Agora, a XP avalia que desde o ano retrasado “muita coisa aconteceu” e hoje a combinação de negócios entre duas empresas é positivo.

“Desde 2019, entretanto, muita coisa aconteceu, com o evento da Febre Suína Africana piorando na China e criando uma das maiores oportunidades para empresas de proteína animal na história recente, especialmente aqueles focados em carne bovina e suína”.

Para a corretora, essa é uma possibilidade de diversificação entre as proteínas animas e entre geografias, “o que provavelmente diminuiria a percepção de risco da empresa resultante”.

Além disso, a XP classifica que existem “inúmero bons motivos para essa fusão acontecer”, principalmente por reunir diferentes cadeias produtivas em diferentes países, diminuindo o risco geral e provavelmente também a volatilidade dos resultados da Marfrig e BRF.

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Poliana Santos

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