Marfrig (MRFG3): BofA reitera compra e enxerga potencial de alta de 60%
A Marfrig (MRFG3) apresentou, na noite da última quarta-feira (11), seu resultado do terceiro trimestre. A companhia teve um lucro líquido de R$ 674 milhões, ante R$ 100 milhões registrado no mesmo período do ano passado. Segundo o Bank of America, o balanço foi sólido e sustenta a recomendação de compra para as ações da empresa.
No terceiro trimestre, a receita líquida da Marfrig foi de R$ 16,833 milhões, enquanto entre julho e setembro de 2019 foi de R$ 12,74 milhões, ajudada pela desvalorização do real frente ao dólar e fortes exportações na América do Sul, segundo o BofA.
Em receita, a empresa faturou 26% a mais em reais no trimestre com a desvalorização da moeda frente ao dólar. A empresa contabilizou R$ 4,79 bilhões com salto de 46,5% nos ganhos com exportação.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia mais do que dobrou na comparação anualizada, para R$ 505 milhões, em função da margem, que passou de 5,9% para 10,5%, consideravelmente acima do estimado pelo banco.
A instituição norte-americana também pontuou que a Marfrig continua se desalavancando. A dívida líquida passou de R$ 18,04 bilhões no segundo trimestre deste ano, para R$ 17,8 bilhões, fazendo com que a relação entre dívida líquida e Ebitda ficasse em 1,95 vez, em comparação a 2,15 vezes no último trimestre. Nesse sentido, a dívida de longo prazo representa 83% do total.
Em vista de mais um balanço sólido, embora levemente abaixo das projeções, o BofA permanece otimista com as margens da Marfrig, sobretudo nos Estados Unidos, “pois a oferta de gado deve se manter ampla pelo menos até 2021”.
O banco enxerga os papéis da empresa negociando a um múltiplo atraente de 4,5 vezes o EV/Ebitda para projetado para o ano que vem.
O preço-alvo do BofA para Marfrig é de R$ 24. Com base na cotação atual, de R$ 14,86, o upside das ações estimado é de 60,4%. Por volta das 13h15 desta quarta-feira, os papéis da gigante do segmento de carnes operavam em leve queda de 0,67% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).