Marfrig (MRFG3) avança após balanço: “um ano para a história”, diz BTG

A Marfrig (MRFG3) avança quase 2,50% por volta das 14h30 nesta terça-feira (9), negociada a R$ 16,02 no primeiro pregão após divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2020. Analistas do BTG Pactual (BPAC11) afirmam que a companhia teve um ano “para entrar nos livros”. Já os da XP Investimentos definiram os resultados como “estelares”.

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As duas casas apontam para o fato do desempenho da Marfrig nos Estados Unidos ter sido melhor do que o esperado. Para a XP, o maior volume dos abates, que retornou aos patamares “normais”, teria impulsionado o balanço.

Para o BTG, a margem Ebitda do frigorífico nos Estados Unidos, de 13,1% no quarto trimestre, crescendo na comparação com os 12,4% registrados no terceiro, foi o que ajudou a companhia a mostrar resultados sólidos e a minimizar o impacto das margens menores registradas na América do Sul.

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A XP, entretanto, previa uma margem um pouco maior para a Marfrig no país norte americano, de 14,1%. Em compensação, a corretora era mais pessimista quanto a margem que a companhia conseguiria no Brasil, prevendo 8%, sendo que foi registrado 8,6%.

Por essa diferença de percepção sobre a performance na América do Norte, os analistas têm opiniões diferentes quanto ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), com a XP afirmando que ele frustrou em 6% seu consenso e o BTG afirmando que ele superou em 10%.

As duas casas convergem novamente ao comentar a receita líquida de R$ 18,3 bilhões da Marfrig, que para o BTG ficou 6% maior do que o consenso e para a XP, 1% maior que sua projeção. A menor alavancagem da história da companhia, em 1,7 vez, também é unanimidade entre os pontos positivos, e, para o BTG, foi o que permitiu o frigorífico anunciar dividendos após mais de dez anos.

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Recomendações para Marfrig levam em conta diferentes cenários para a carne

O BTG reitera sua recomendação “neutra” para a Marfrig por enxergar que as margens da carne bovina nos Estados Unidos devem cair em breve, pelo fato de o ciclo estar “claramente próximo ao pico”. O banco fixou o preço-alvo para as ações ordinárias em R$ 16.

A XP, por outro lado, continua otimista com a América do Norte e acredita que as exportações da América do Sul e o corte da dívida serão vistos com bons olhos pelo mercado. A corretora reiterou a compra para a Marfrig, mas não fixou preço-alvo.

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Vitor Azevedo

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