Marfrig (MRFG3) sobe quase 6% e Minerva (BEEF3) dispara 7,8% em dia de alta de frigoríficos no Ibovespa; entenda

A Marfrig (MRFG3) encerrou o pregão no Ibovespa nesta sexta-feira (19) em alta de 5,34%, em conjunto com demais ações do segmento de frigoríficos. Além das ações da Marfrig, a Minerva (BEEF3) subiu 4,8%. A BRF (BRFS3) fechou em alta de 2,89%, ante 3,6% de avanço da JBS (JBSS3).

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Os papéis seguem a toada do pregão anterior, com quedas dos preços do boi gordo, milho e soja no Brasil – mostrando um cenário mais favorável às companhias do segmento.

Além disso, todas as companhias do setor reportaram seus resultados trimestrais recentemente.

Os especialistas do Itaú BBA destacaram que a Minerva e a JBS são as companhias mais promissoras no contexto atual, mantendo recomendação de compra para ambas, com preços-alvo de R$ 20 e R$ 39, respectivamente.

Para Marfrig e BRF, a casa segue neutra.

A tese é de que os resultados dos frigoríficos no trimestre foram afetados pela suspensão das exportações da China, ocasionadas em função de um caso de ‘mal da vaca louca’.

A XP também mantém recomendação neutra para a Marfrig, vendo o último resultado como um ‘trimestre misto’, com sólida margem Ebitda no Brasil, apesar do impacto do embargo das exportações.

“A perspectiva de curto prazo deve deixar espaço para algum otimismo, com a temporada de churrasco nos EUA e a recuperação das exportações do Brasil para a China, enquanto a melhora no capital de giro ajudou o fluxo de caixa (ex-bônus da National Beef) a chegar a quase 0. No entanto, o segundo semestre de 23 e o ano de 2024 devem ser desafiadores nos EUA, enquanto a melhor dinâmica de gado e nas exportações da América do Sul não deve ser suficiente para compensar”, diz a casa.

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Marfrig, JBS e Minerva devem se beneficiar no segundo semestre

Além dos pareceres sobre os balanços contábeis das companhias do segmento, a XP destaca, em uma visão setorial, que o setor de proteínas deve ter uma perspectiva melhor no segundo semestre deste ano, especialmente no caso da carne bovina.

“A perspectiva para o mercado brasileiro de proteínas está melhorando. Para o setor de carne bovina, a queda acentuada nos preços do boi, devido à maior oferta, além dos preços mais baixos dos grãos (positivos para a oferta no 2º semestre de 2023), são indicações sólidas de margens fortes à frente, embora sejamos da opinião de que os investidores aumentarão o otimismo somente quando o ritmo de exportação se recuperar”, apontam os especialistas.

“Para o frango, a oferta não está mostrando sinais claros de que está esfriando ou não, portanto, as exportações devem permanecer sólidas para sustentar os preços, em nossa opinião. No entanto, a queda acentuada nos custos com grãos deve se traduzir em melhores margens, o que é o principal fator para o desempenho positivo da BRF nos últimos dias”, completa.

Segundo a casa, apesar do ritmo abaixo do esperado de exportações de carne bovina em abril, o cenário ainda mostra ‘abates robustos’.

“O setor espera uma demanda externa mais forte nos próximos meses, conforme observado no ritmo de exportação da 1ª quinzena de maio, e está travando margens melhores”, destaca , sobre o nicho em que atuam Marfrig, JBS e Minerva, principalmente.

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Eduardo Vargas

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