A Marfrig (MRFG3), a JBS (JBSS3) e a Minerva Foods (BEEF3) poderão exportar carne bovina à Tailândia. As maiores exportadoras da commodity do Brasil estão entre as cinco companhias que receberam tal autorização, segundo o anúncio das empresas nesta terça-feira (26).
Segundo a Marfrig, a empresa poderá exportar com uma unidade em Ji-Paraná, em Rondônia. Já a JBS poderá operar com uma de suas unidades localizadas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A Minerva, por meio de um comunicado ao mercado, confirmou a habilitação para as exportações. A unidade autorizada está localizada em Palmeiras de Goiás. A planta tem capacidade diária de abate de 2 mil cabeças. Essa é a maior unidade da empresa no País.
“Com uma população de aproximadamente 70 milhões de habitantes, a Tailândia figura entre os principais mercados do sudeste asiático, e sua abertura para a carne bovina brasileira configura mais uma oportunidade para o crescimento de nossas exportações”, afirmou a empresa.
As outras empresas aprovadas para exportar ao país asiático são a Frialto, com uma planta habilitada em Matupá (MT), além da Masterboi, com uma unidade aprovada em São Geraldo Araguaia (PA), de acordo com a agência de notícias “Reuters”.
Segundo o comunicado divulgado pelo Ministério da Agricultura na noite da última segunda-feira (25), a Tailândia importou, de todo mundo, US$ 90 milhões (cerca de R$ 481,57 milhões) no ano passado.
Metade desse valor, no entanto, corresponde à Austrália, devido a um acordo de livre-comércio entre o país e a Asean (bloco regional de países asiáticos que a Tailândia é integrante) que entrou em vigência no início deste ano, a qual a isenta tarifas de importação. Nesse novo mercado consumidor, o Brasil terá a concorrência da Argentina.
O país vizinho, além de exportar cortes de carne bovina de valores mais acessíveis, como hambúrgueres, também está com uma moeda mais desvalorizada. A cotação do peso em relação ao real pode dar a tônica de uma competição por preços competitivos.
No primeiro trimestre deste ano, a Marfrig apresentou um lucro líquido de R$ 32 milhões, uma alta de 643% em comparação ao mesmo período de 2019. A JBS, por sua vez, registrou um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões, e a Minerva obteve um lucro líquido de R$ 271,2 milhões. O novo mercado para as companhias poderá elevar as exportações do agronegócio brasileiro que, segundo o Ministério da Agricultura, somaram US$ 10 bilhões em abril, valor recorde para um mês.
