Após a Marcopolo (POMO4) divulgar seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2021, o BTG Pactual divulgou um relatório nesta terça-feira (4) mantendo recomendação neutra para a empresa.
A empresa encerrou o período com prejuízo de R$ 14,7 milhões ante lucro líquido de R$ 10,7 milhões registrado em igual período do ano passado. Ao passo que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Marcopolo totalizou R$ 23,5 milhões entre janeiro e março, queda de 76,9% ante igual etapa de 2020.
A margem Ebitda foi de 2,8%. Os números, segundo a empresa, são impactos ainda pela pandemia da covid-19. A receita operacional líquida somou R$ 834 milhões nos primeiros três meses do ano, montante 9,3% menor do que o registrado um ano antes.
Diante disso, o BTG ressalta em relatório que o conjunto de resultados do período foi “pobre”, com receitas na linha do esperado, mas com uma margem inferior. “A Marcopolo reportou um conjunto modesto de resultados no primeiro trimestre, divulgando vendas in-line, mas margem abaixo do esperado”.
Segundo o banco, a empresa adaptou o tamanho de seu quadro de funcionários para volumes inferiores aos planejados para o primeiro semestre de 2021, o que resultou em um impacto negativo de R$ 9 milhões.
Além disso, o documento cita menores volumes nas exportações e no mercado interno e demanda resiliente de fretamento. ” As vendas no mercado interno (54% das vendas do primeiro trimestre) foram de R$ 449 milhões (queda de 4% em base anual), atingido pelos efeitos da segunda onda do COVID no transporte, refletindo a menor demanda por ônibus combinados com a sazonalidade mais fraca do trimestre”.
Ao passo que a demanda atual é provenientes de atividades de fretamento, uso de veículos adicionais para manter distância no transporte dos funcionários até o local de trabalho, bem como pedidos para ônibus vinculados ao programa Caminho da Escola, diz o banco.
Última cotação
O papel da Marcopolo (POMO3) anotava queda de 3,20% nesta terça-feira por volta das 24h59, aos R$ 2,42.
