A Marcopolo (POMO4) reportou na noite desta segunda-feira (3) um lucro líquido de R$ 5,4 milhões referente ao exercício no segundo trimestre de 2020, equivalente a uma queda de 93,7% em comparação aos R$ 86,3 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
“Todos os segmentos de mercado foram afetados pela retração de demanda, causada pelas restrições no transporte de pessoas, afetando os clientes da companhia no Brasil e no exterior”, ressaltou a Marcopolo, no relatório.
Com isso, a companhia especializada na fabricação de componentes e carrocerias de ônibus apresentou uma receita líquida de R$ 798,5 milhões entre os meses de abril e junho, um recuo de 30,1% em relação mesmo intervalo de 2019. A receita com vendas no Brasil, registrou um resultado ainda pior, de baixa de 43%, para R$ 356,3 milhões; enquanto a receita no exterior encolheu 30%, para R$ 194,5 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por sua vez, teve uma retração de 61,3%, para R$ 40,9 milhões. No mesmo sentido, a margem Ebitda caiu de 9,2% para 5,1%.
As restrições de mobilidade e de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus também tiveram impacto na produção do segundo trimestre, que registrou uma queda de 45,5% no Brasil e de 47,1% no exterior.
Equivalência patrimonial da Marcopolo fica negativa em R$ 51,8 milhões
A empresa informou que a pandemia de covid-19 teve forte impacto em seu resultado da equivalência patrimonial, que ficou negativa em R$ 51,8 milhões no segundo trimestre, ante os R$ 29,1 milhões positivos no mesmo intervalo do ano anterior.
A NFI Group trouxe equivalência patrimonial negativa de R$ 39,3 milhões no último trimestre findo em junho, com os resultados da empresa afetados pelos consequências da crise na América do Norte, bem como pela marcação a mercado de determinados contratos financeiros e pela realização de uma baixa contábil (“impairment”) de sua operação rodoviária.
Com isso, o resultado financeiro da Marcopolo no período foi negativo em R$ 16,9 milhões, contra um resultado positivo de R$ 8,9 milhões em 2019, devido à variação cambial acarretada pela desvalorização do real frente ao dólar sobre a carteira de pedidos em dólares.