A Marcopolo (POMO4) registrou lucro líquido consolidado de R$ 161,7 milhões no terceiro trimestre de 2023, com margem de 10%, o que corresponde a uma alta de 246,2% ante o mesmo período de 2022, quando o lucro foi de R$ 46,7 milhões, com uma margem de 3,1%.
O Ebitda da Marcopolo (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 208,6 milhões no terceiro trimestre de 2023, com margem de 12,9%, contra um Ebitda de R$ 90,5 milhões e margem de 6% no mesmo período de 2022. Assim, o Ebitda registrou alta de 130,5% na base anual, informa o balanço divulgado nesta terça-feira.
De acordo com a companhia, o Ebitda foi afetado positivamente pelo melhor ambiente de mercado, com evolução do mix de vendas da Marcopolo com o acréscimo de volumes de produtos de maior valor agregado, especialmente no segmento rodoviário, bem como pela recuperação de resultados das operações controladas localizadas no exterior. Negativamente, o Ebitda foi afetado pelo resultado da coligada canadense NFI (R$ 19,2 milhões).
Segundo o balanço, a receita operacional líquida da Marcopolo somou R$ 1,614 bilhão no terceiro trimestre de 2023, uma alta de 6,5% em relação ao período de julho a setembro do ano passado.
Desse montante, R$ 984,3 milhões foram provenientes do mercado interno (60,9% do total), R$ 180,1 milhões das exportações a partir do Brasil (11,2% do total) e R$ 450,4 milhões originados pelas operações internacionais da companhia (27,9% do total).
A Marcopolo afirma que o aumento da receita da Marcopolo reflete “o incremento de volumes de rodoviários vendidos, tanto no Brasil como no exterior, especialmente com o crescimento das vendas dos modelos G8, bem como um melhor mix de vendas no Brasil, com maior exposição a ônibus rodoviários de maior valor agregado. O segmento de urbanos no mercado interno também mostrou boa performance, compensando a ausência de Caminhos da Escola”.
O resultado financeiro líquido do 3T23 da Marcopolo encerrado em setembro foi negativo em R$ 15 milhões, ante um resultado negativo de R$ 20,1 milhões registrado no mesmo período de 2022. “Foi impactado negativamente pela variação cambial associada à desvalorização do peso argentino em relação ao dólar norte-americano, afetando as obrigações da controlada argentina Metalsur denominadas em dólares”, explica o comunicado da empresa.
Em 30 de setembro, o endividamento financeiro líquido da Marcopolo totalizava R$ 961,9 milhões. Desse total, R$ 631,9 milhões eram provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 330 milhões do segmento industrial, detalha a empresa.
No terceiro trimestre do ano, as atividades operacionais da Marcopolo geraram caixa de R$ 168,6 milhões, as atividades de investimentos, líquidas de dividendos e variação cambial, consumiram R$ 23,4 milhões, enquanto as atividades de financiamento consumiram R$ 47,1 milhões.
Com Estadão Conteúdo