A Marcopolo (POMO3) divulgou nesta quarta-feira (3) seus resultados no terceiro trimestre de 2021. A empresa registrou lucro líquido de R$ 107,1 milhões, ante o prejuízo de R$ 57,4 milhões no mesmo período do ano passado.
O EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Marcopolo no período foi de R$ 95,1 milhões, com margem de 12,6%, versus um EBITDA negativo de 23,8 milhões e margem de -2,8% no 3T20.
Segundo a companhia, “o EBITDA foi afetado negativamente pelos ajustes no quadro de pessoal (R$ 9,6 milhões no 3T21, considerados os custos de rescisão da mão de obra administrativa, comercial e industrial), pela menor receita de exportações, pelo mix mais leve voltado a ônibus de menor valor agregado e pelo impacto das provisões trabalhistas”.
Por outro lado, a receita operacional líquida da Marcopolo teve queda de 39,4%, em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, indo de R$ 836,5 milhões para R$ 757,6 milhões.
As receitas no Brasil somaram R$ 376 milhões, queda de 21,7% ante os R$ 480,4 milhões do ano passado. A receita no exterior, porém, teve saldo positivo, atingindo R$ 284,7 milhões, alta 73,6% quando comparado aos R$ 164 milhões do 3T20.
As atividades operacionais geraram caixa de R$ 26,4 milhões, enquanto as atividades de investimentos, líquidas de dividendos e variação cambial demandaram R$ 18,7 milhões e as atividades de financiamento agregaram R$ 87,6 milhões.
Marcopolo prevê 4T21 positivo
A participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de carrocerias foi de 34,5% no 3T21, contra 55,7% no 3T20. A queda da participação é explicada pela concessão de férias coletivas nas unidades localizadas no Brasil, com paralisação completa da produção nessas plantas, diz a empresa.
Segundo o balanço da Marcopolo, o impacto negativo na participação de mercado deverá ser parcialmente compensado já no 4T21, com aceleração da produção voltada a rodoviários e exportação, bem como pelo retorno dos volumes do programa Caminho da Escola.
“A companhia projeta um 4T21 de inflexão positiva de volumes, reflexo das vendas realizadas em um período de queda consistente de contágios e reabertura das cidades, incluindo o turismo, viagens mais longas, o trabalho presencial e as aulas em escolas e universidades”, diz a Marcopolo.