De acordo com uma reportagem da “Folha de São Paulo”, publicada nesta segunda-feira (1), Marcelo Odebrecht acusou a petroquímica Braskem de omitir e manipular em seus acordos de delação e leniência. A empreiteira é sócia na Braskem junto com a Petrobras.
Segundo Marcelo, o objetivo dessas atitudes da petroquímica seria defender executivos que não queriam surgir como criminosos. Sendo assim, ele afirmou que a manipulação foi feita, também, por dois ex-dirigentes da Braskem. Portanto, os acusados foram: Newton de Souza e o advogado Maurício Ferro. O primeiro presidiu a Odebrecht após Marcelo ser preso em 2015, e o segundo foi membro da diretoria jurídica da Braskem e da Odebrecht.
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A acusação está em um pacote de e-mails que Marcelo mandou para a Braskem nos últimos dois anos, segundo a reportagem. Marcelo assegurou que a petroquímica falhou ao dizer, em seu acordo de delação, que recursos entregues ao Partido dos Trabalhadores (PT) na campanhas de 2010 e 2014 eram originários de caixa dois.
Ainda de acordo com a reportagem, a empresa também ocultou o pagamento de propina a dirigentes do MDB para que a companhia pudesse comprar energia mais barata da Chesf.
Autor da acusação, Marcelo Odebrecht está em prisão domiciliar desde dezembro de 2017. O ex-presidente da Odebrecht também ficou dois anos e meio preso em Curitiba.
A Braskem tem 40 fábricas espalhadas por:
- Brasil
- Estados Unidos
- Alemanha
- México
Ela respondeu por 80% das receitas do grupo em 2018.
De acordo com a reportagem, a Braskem não falou sobre possíveis omissões e manipulação dos acordos que firmou. Em uma publicação, disse que os acordos foram “resultado de investigações internas independentes realizadas por escritórios americanos de primeira linha”.
A Polícia Federal (PF) está apurando o que Marcelo Odebrecht diz que são negligências da Braskem.