Mapa da Inadimplência aponta mais de 62 milhões de endividados
O Mapa da Inadimplência no Brasil, divulgado pela Serasa, mostra que aproximadamente 62,56 milhões de brasileiros estavam endividados em maio, o que representa uma queda de 0,7% em relação ao número verificado em abril, quando o indicador estava em 62,98 milhões.
Apesar da queda no total de brasileiros endividados, o valor médio da dívida por pessoa é o maior dos últimos 12 meses, e está em R$ 3.937,38, alta de 1,3% em relação ao mês anterior. O valor médio de cada conta em atraso é de R$ 1.162,43.
O maior volume de dívidas está na categoria bancos/cartão, representando 29,7% dos mais de R$ 211 milhões de débitos. Em seguida, estão as contas com luz, água e gás, com 22,3%. As compras no varejo representam 13% das dívidas dos brasileiros.
Em números absolutos, São Paulo lidera o número de negativados, com mais de 15 milhões, mais que o dobro do estado segundo colocado. Rio de Janeiro tem 6,15 milhões e Minas Gerais, 5,9 milhões. Bahia (3,92 milhões) e Paraná (3,27 milhões) aparecem entre os cinco mais inadimplentes.
O Serasa também aponta os brasileiros que estão buscando negociação pelo Serasa Limpa Nome. A faixa etária de 31 a 40 anos foi a que mais buscou uma solução financeira para os débitos, em seguida os com idade entre 18 e 25 anos.
64,6% dos lares da cidade de SP estão endividados
Além disso, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra que São Paulo bateu o recorde histórico em junho de 64,6% dos lares da cidade com famílias endividadas. O dado é 0,8 ponto porcentual maior do que a marca anterior de 63,8%.
Desde novembro de 2020, o índice registra um crescimento de mais de 1 ponto porcentual mensal.
A pesquisa, divulgada ontem (2) aponta que, entre maio e junho, 77 mil famílias entraram na lista de endividamento. Já na comparação com junho do ano passado, este número é ainda maior: 291 mil lares ficaram endividados.
O número de famílias com contas em atraso também aumentou. São 776,3 mil lares nessa situação em São Paulo (19,5%). É o maior nível de inadimplência desde abril de 2020, quando a taxa chegou a 21,6%. A situação é a mesma dos lares que não têm condições de saldar as dívidas: com a terceira alta consecutiva, a taxa chegou a 8,7%, a maior desde abril do ano passado (8,9% à época).
“O crescimento do endividamento pode apontar para um aquecimento da economia na cidade, no qual as famílias estão obtendo crédito para consumir e manter outras contas em dia. Esta compreensão é corroborada pelo fato de que, apesar de terem subido timidamente, a inadimplência e a falta de condições de pagar as dívidas se mantiveram abaixo dos piores momentos da pandemia, no ano passado”, diz a FecomercioSP no comunicado.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil